Leu Iracema e viu Alencar colocar a índia nos braços de Martim: ‘trêmula e palpitante como tímida perdiz...’ É hora da estrela. ‘Por que não agora? Por que não soltar seu grito de gaivota, e derrubar as muralhas de Jericó?’ Estava cansada de comprar os beijos de Amarildo com o salário da loja. Ele não pensava no futuro! Gastava tudo com anabolizantes, e pagamento das mensalidades de uma academia de subúrbio. Nada guardava do salário que recebia. E por mais que ela insistisse em dizer que nenhum ganho oferece maior segurança do que economizar o que se tem, o rapaz continuava guardando seu salário em cesto roto.

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Adalberto Lima, trehco de "Estrela que o vento soprou."


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