Chuvas de Verão

As chuvas de verão abrandam os corações amargurados pelo sentimento da perda dos seus entes queridos.

Qualquer desculpar para enganar a tristeza vale, até imaginar que foi melhor assim, pois estava sofrendo muito.

Mas e a luta no leito para permanecer na terra e continuar vivendo, mesmo sentindo todo o mal do corpo.

As chuvas de verão emprestam suas lágrimas para a saudade que afoga os sentimentos apagados pelo passado, e se torne presente em uma alma carente da presença.

Qualquer momento vale para que o amor sufoque os segundos de um dia escravizam-te e lentamente faz o corpo parar, e se transportar no túnel do tempo.

Mas os momentos que sucedem a transição para uma nova vida, longe desta terra tão abençoada, que transcendem a vontade de DEUS, uma nova vida sem manipulações, sem as amarguras daqueles que não compreendem a própria vida.

As chuvas de verão emprestam seus abrigos, a procura de sentir-se só e mergulhar em seus próprios sentimentos, sem enxugá-los das lágrimas que escondem as rugas da alma, e a melancolia ata em um nó cego a tristeza da alma.

Mas e as escolhas que meramente são buscadas em vida, crenças, fés e um caminho que se assegurou em seguir não se importando com o que viria no futuro.

Qualquer sorriso basta para sentir que a vida leva os sentimentos para onde queremos que ele vá.

Mas aonde se esconde o sorriso hoje que guardamos tanto para a compreensão, do que esta fora de nossas mãos. Talvez estejam nas ventanias internas da compaixão, ventanias que mudam de direção a nossa vida inteira.

As chuvas de verão carregam em águas perenes todas as tristezas através dos dias. As procuras dos objetos, dos perfumes, das matérias deixadas pelo ser que sem escolha deixou para perpetuar na terra.

Mas e a felicidade do ser que respirou o mesmo ar, viveu os mesmo sonhos, e percorreu toda a terra em busca de um sorriso, de um amor, de uma flor e de um carinho.

Vale a vida...!

Vale a partida...!

Mas o que vale é o pôr do sol...

Porque o sorriso se dilui em lágrimas de um sentimento que pode ser de felicidade misturado com a saudade.

O companheirismo acaba...

O amor rasga...

O coração desmancha...

Os sentimentos repousam sob a lápide dos pensamentos...

As chuvas de verão...

As chuvas...

CARLLUS ARCHELLAUS
Enviado por CARLLUS ARCHELLAUS em 28/04/2018
Código do texto: T6321258
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.