LIVRE PARA SER EU MESMO
Reconheço que sou livre quando, mesmo rodeado de tantos condicionamentos sociais ou biológicos, miragens, determinismos, modismos e escassez de recursos, consigo com toda a minha força espiritual ser eu mesmo, ou seja, mantendo-me coerente entre aquilo que sou interiormente (os meus sentimentos, emoções, vivências e pensamentos) e o que eu sou para o mundo ao meu redor.
Reconheço que sou livre quando não permito que os turbilhões das falsas ''necessidades'' e também das imposições arbitrárias, absurdas e sem sentido, arrastem a minha vida para os becos sem saída do desespero. E por fim, reconheço que sou livre quando, mesmo que seja carente de exemplos de virtude, tomo a firme decisão de fazer resplandecer do meu ser a chama da integridade pessoal, da solicitude e da responsabilidade.
Foi a partir dessas intuições em torno da liberdade, que senti a urgência de por em prática as seguintes indagações feitas para mim mesmo: ''Por que não abordar nas minhas reflexões tudo aquilo que se passa no meu íntimo? Por que não fazer poesia com todos os elementos das minhas vivências espirituais, emocionais e psicológicas? Por que não ser livre para comunicar o que se passa no meu coração?''. Foi dessa maneira que adquiri discernimento para ser autêntico e, então, desenvolvi um espirito filosófico para semear reflexões mais profundas sobre minha existência e sobre o mundo em que vivo, ao mesmo tempo valorizando o anelo de cada ser humano sincero pela transcendência e pela elevação espiritual.