A bolha cosmopolita

Hoje conversava com um amiga e de repente ela meteu um "cosmopolita" no meio da conversa, assim, só por botar mesmo.

Cosmopolita, que significa alguém ou algum lugar diverso, plural , cidadão do mundo, não é uma palavra difícil, mas não é comumente usada.

Quantas pessoas você conhece que metem um cosmopolita no meio da frase como quem pergunta se vai chover? Isso diz um bocado sobre nós. E aqui não me refiro a preconceito linguístico, e sim uma forma de olhar a vida.

Essa mesma amiga vive batendo na tecla de que vivo numa bolha, preciso sair dela para me conhecer, crescer como pessoa e profissional da palavra.

Se a gente for parar pra pensar, quanta coisa a gente deixa passar, quanta oportunidade perdida por puro comodismo? Estamos tão acostumados ao trajeto, casa, trabalho, faculdade, que qualquer coisa que fuja disso cansa.

Acontece que a vida só será de fato vivida se sairmos pra vivê-la.

O mundo é tão mais que a nossa casa, nosso bairro, as pessoas que conhecemos.

E a gente aprende, cresce tanto com o novo, com o diferente.

E olha que coisa, a gente tem só uma oportunidade de conhecer, viver algo novo, porque esse negócio de vida tem data de validade.

Essa bolha em que insistimos ficar na maior parte da vida, pode até ser confortável, mas o ar ali dentro não circula, se torna tóxico, e vai nos matando aos poucos.

Esse negócio de vida não vem com manual, o único jeito de vivê-la é vivendo.

E que sejamos a pessoa que mete um cosmopolita no meio de uma conversa banal, não pra se mostrar mais inteligente ou algo do tipo, mas para mostrar que o que fica nessa vida são as experiências, as histórias, e se se estivermos dentro da bolha, no fim, não teremos nada.

Tamiris Pires
Enviado por Tamiris Pires em 13/03/2018
Reeditado em 13/03/2018
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