Encontros

Há momentos que pedem reflexão e que são de difícil descrição.

Um deles é o momento que antecede um encontro. Não falo somente de um encontro romântico. Deste, falarei abaixo.

Um encontro com um resultado de exames, por exemplo. É um encontro difícil, com o pior ou o melhor que se pode encontrar. Constatação. Positivo ou negativo para uma doença, um diagnóstico. Vivemos isso com nossos encontros interiores, nossos temores, nossos desalentos.

Encontramos por exemplo, um “eu” em algumas atitudes que desconhecíamos, que nos assusta. Usamos palavras que não gostaríamos. Nunca a usamos e por quê, desta vez, saiu? Encontros com nosso ser maléfico, mesmo que em pequenas coisas, em pequenas atitudes.

Outro encontro é aquele com aquela pessoa, um amigo, ou amiga, um parente distante, um ex-aluno, um ex-amor, inesperado, mas muito provençal. E ele acontece em momentos que nos deixa felizes, que nos fazem bem. Recebemos bom retorno de algo que fizemos de bom a eles, o que novamente nos faz bem.

Mas, a melhor de todas as esperas antecessoras a encontros é a espera do amor. Ah, l´amour!

Esse merece um parágrafo à parte.

Nós, representantes do gênero feminino, jamais nos encontramos de qualquer jeito, isso se realmente queremos a pessoa por perto, jamais deixamos de caprichar no visual no encontro. Um banho caprichado, uma lavagem de cabelos demorada, o melhor perfume, o vestido sensual e atraente. Um lingerie bonito – vai que aconteça algo a mais? – tudo escolhido a dedo. Sei que tudo parece piegas, mas ainda acredito no amor. E, por mais que o mundo mude, a mulher ainda será a eterna sedutora e que homem não gosta de uma mulher cheirosa e que se cuida?

Esperar também tem lá sua ansiedade. E se ele demora então...Não gostamos de atrasos. Será que ele vai gostar do que vai ver? Conhece-me superficialmente. Escolhidos um vinho, um tira-gosto, um papo informal, música ambiente, uma rosa no vaso solitário, um jantar romântico. Comidinha leve, um pudim, e um cafezinho para terminar.

E ele, ah, os homens! Ele não via a hora do sexo. Que pena! Entender esse universo é também difícil. Sei que homens são de Marte. Mas será que eles não poderiam conhecer melhor Vênus para saber que somos românticas? Deixemos as generalizações de lado e pensemos que ele realmente irá esperar o momento certo. Daí é a perfeição. Melhor, será que há hora certa? Não. Claro. Deixemos as coisas acontecerem. Afinal, é o que a maturidade tem de bom. Queremos mais é ser felizes. E que se danem as convenções.

Enfim, encontros são melhores que desencontros. Dar oportunidade para as coisas acontecerem é mais inteligente. E viva a vida!

Silvinhapoeta
Enviado por Silvinhapoeta em 25/02/2018
Código do texto: T6264101
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