Espantando os mosquitos junto com os bichos da cabeça.

Eu tô aqui sentada na varanda em uma noite quente onde os mosquitos me incomodam e o calor derrete meu cérebro.

escutando "More Than Words", (o velho clássico dos anos 90 que eu nem me lembrava mais que gostava tanto dessa música.) Mas sabe, a música nem é tão importante. Porque ela mesmo diz "mais do que palavras". Infelizmente hoje eu só tenho palavras; e as escritas.

Isso aqui para mim era tudo. Meu canto. Meu refugio e esconderijo. Onde eu podia escrever tudo aqui pois me sentiria segura. Mas foi descoberto, (como tudo na net). Ou eu mesmo o apresentei às pessoas erradas. Pessoas que não entendem ou conhecem quem realmente eu sou.

Não vou descrever quem eu sou. Quem convive comigo e conhece meus textos aqui é que realmente conhece quem sou eu.

Intensidade. As pessoas talvez digam isso quando me conhecem superficialmente, não suportam ou se sufocam porque não entendem nem conseguem ser como eu sou por mais que se esforcem. As pessoas que realmente me conhecem admiram porque tudo que amo demonstro de verdade. E quando eu realmente quero algo eu vou até o fim. Mas também tenho a sutileza de parar quando acho que devo. E continuar quando vejo que alguém precisa de mim.

Quando eu me interesso já quero.

Quando gosto eu amo.

Quando amo eu o/a sirvo.

Quando não gosto simplesmente desprezo e esqueço.

Pois é, diferente de muitas pessoas não tento acabar com a vida de quem não gosto. Eu apenas me afasto, eu realmente esqueço da pessoa. É tão difícil fazer isso também? E quem lê pode pensar que já estou pensando em falar nisso porque eu já quero atingir alguém. Ei, eu não sou assim. Eu não sou você e nem os outros que são tão iguais e diferentes de mim.

Enfim, quando eu tô aqui nessa varanda no meu notebook, na minha casa, sabendo que meu irmão e mãe estão seguros na sala assistindo um filme de comédia qualquer; eu me sinto tão bem que dá vontade de chorar. Será que isso é a solidão "boa" que muitos falavam pra mim e eu não entendia?

Meu amor tá lá, na casa dele. Talvez assistindo, não sei se pensando em mim, mas com certeza está bem também, por ter seu momento de sossego. Risos.

Eu queria ser uma pessoa diferente? Não.

Eu só queria que as pessoas entendessem que as pessoas são diferentes.

Poxa, o ser humano estuda sobre a mente, prega seu conceitos sobre diferença. Mas quando não convém o favorecer à eles são os primeiros à excluir, recriminar e extirpar.

Mas quem sou eu, sou apenas uma mulher que se sente menina. Uma desconhecida, escrevendo na varanda enquanto espanta os mosquitos junto com seus bichos da cabeça...

Judy Cavalcante
Enviado por Judy Cavalcante em 22/02/2018
Reeditado em 22/02/2018
Código do texto: T6261601
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