Croniquinha de Natal

Em uma longa noite de verão, entre a rua deserta e uns ventos famintos, um mendigo resistia com sua vela acesa sob as luzes das ruas e outras tantas nos altos dos prédios.

Virei o celular para ele em um semáforo e acenei:

"Não estás só! Vê? Todo o mundo que te engole todos os dias é só uns pontinhos! Longa é a tua chama como as outras, todos estão ali! Consegues sentir? Cada alma agora? Pois eles te sentem!"

Ele tirou a vela do potinho e acenou delicadamente com a mão entre o fogo. Não pude conter o riso, os ventos passaram àquela vez; e só oque eles levaram da minha alma foram estes versos.

E você, já desejou feliz natal para alguém?