SONHO DE PROFESSOR
Era um sonho! Não, aquilo era um pesadelo!
Estava quase a ser devorado pelas mandíbulas de um jacaré quando consegui me safar agarrando um cipó. Mas não era cipó; era a cauda de uma cobra. Num impulso, consegui pular quando ela tentava dar o bote. Ao pular, caí num pasto onde um boi, de chifres pontiagudos, riscava o capim com as patas e partiu veloz em minha direção. Correndo, cheguei até a cerca e pulei para a estrada. No pulo, quase deixei meus fundilhos no arame farpado. Então, já na estrada, uma carreta desgovernada vinha em minha direção, no desespero, entrei no primeiro portão que encontrei. Não era uma casa qualquer, era um a casa protegida por dois rottweller, que corriam babando em minha direção. No momento em que eu ía pular o muro, minha mãe me acordou:
“Filho, acorde! Vai prá escola!”
“Eu não quero ir hoje, mãe!”
“Mas você é o professor, meu filho!”
“Tá bom! Que dia é hoje??”
“Hoje é quinta-feira!”
Eu pensei, ainda sonolento:
“Quinta-feira, quinta aula, quinto ano D!”
Virei para o lado e tentei pegar no sono de novo!
Vai que eu consiga continuar aquele meu sonho...