Santo de casa não faz milagre

Nunca um ditado popular foi tão verdadeiro como a expressão “Santo de casa, não faz milagre”. Essa expressão foi originada dos evangelhos de Mateus, Lucas, Marcos e João, do versículo “o profeta não tem honra na sua própria casa”.
E eu posso testemunhar isso com certeza. Há pouco mais de um ano comecei a escrever no Recanto devido ao convite de uma amiga. A verdade é que nesse intervalo de tempo, tenho tomado gosto pela escrita. Sendo que quanto mais vou escrevendo, mais vou me apaixonando por ela.
A escrita tem sido muito salutar para a minha vida, totalmente terapêutica. Esqueço-me de todos os problemas quando estou diante dela. Infelizmente no seio da minha família e da maioria dos meus amigos mais próximos, não vejo muita motivação e as vezes nos olhos de alguns que estão próximos a mim, o que consigo notar é um profundo desdém em relação ao que escrevo.
Uma coisa que observo, que geralmente as pessoas são carentes, mas nem todas são carentes de sexo, carentes são de uma palavra de estimulo, de conforto, consolo. As vezes com tão pouco, perdemos a oportunidade de abençoar a vida das pessoas que estão ao nosso redor, por que muitas delas queriam apenas ouvir um bom dia, um olá como vai, um simples elogio.
Mas preciso fazer uma ressalva, a minha mãe sempre me motivou e desde o primeiro texto que mostrei a ela, sempre me disse: Seus textos são lindos, não pare, continue escrevendo, vai ser muito bom pra você e para sua saúde.
Mas em compensação é tão prazeroso quando você ouve alguém de fora dizendo: Eu não gostava de poesias, mas aprendi gostar delas a partir do momento que comecei a ler seus textos.
Uma vez uma leitora comprou-me um livro e pediu que eu enviasse o mesmo com uma dedicatória. Como minha letra é muito feia, eu ditei a mensagem e uma mulher que tinha letra bonita escreveu pra mim. Enviei o livro e logo em seguida mandei um email avisando que devido ao meu garrancho pedi alguém para escrever a dedicatória, mas que a mensagem era minha. Surpreso fiquei, quando a leitora retornou o email dizendo que iria aceitar o livro, mas que eu jamais fizesse isso outra vez, que ela queria que eu tivesse escrito. Pra ela não importava se a letra era feia, ela queria apenas algo que pudesse guardar de recordação.
É tão bom saber, que se por um lado existem os indiferentes, também existem aquelas pessoas que sentem falta quando paro de escrever. Que habitualmente leem tudo que escrevo. É por gestos como esses que cada dia mais me empenho na escrita. Não tem dinheiro no mundo que pague essa gratificação.

Encerrando-me gostaria que vocês soubessem que em momento algum pensei em ser famoso com a escrita, sei que nunca serei um escritor profissional, mas não me importo com isso, por que escrevo simplesmente pela paixão despertada recentemente. A única coisa que eu gostaria é que as pessoas conhecessem os sentimentos que passam no meu coração. Pra você que está lendo meu desabafo, obrigado pela santa paciência e que Deus abençoe a vida de todos.

 
 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 23/11/2017
Reeditado em 08/09/2020
Código do texto: T6179674
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