Terremotos distintos

Esse terremeto ocorrido no Irã, na fronteira com o Iraque, que matou 452 pessoas (mas o número pode crescer segundo a imprensa) e feriu mais de 6 mil pessoas, choca, aturde, entristece e enluta todas as pessoas, em todo o mundo, que possuem a emoção da solidariedade e humanidade. Éalgo triste, doloroso e aterrador.

Deploro e fico perplexo com os que são incapazes de se comover com o drama e as tragédias dos nossos irmãos em qualquer parte do nosso planeta. Sempre recordo o poeta John Donne:

"Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promotório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti".

Sim, os sismos os qualquer forma de trag´dia que acontece no mundo nos atinge como um todo, somos todos filhos do mesmo planeta. Somos irmãos, somos humanos, devemos ser solidários. Por isso choro de verdade o drama das vítimas do trremoto do Irã.

Mas, ao mesmo tempo, também choro, deploro, entristeço e me revolto com outro tipo de terremoto: o que acontece de form permanente no nosso país: a violência gerada pela falta de políticas públicas, ustiça social, melhor distribuição de renda, falta de consciência das elites e omissão do povo e da sociedade, uma conivência coletiva capaz de provocar sismos permmentes que assassinam swte pessoas por hora, estatistica maior que a dos terremotos gerados pela natureza em outras partes do mundo, são mais de 65 mil assassinatos por ano, além da fome, desnutriçao e toda sorte de injustiças.

Não, não devemos perguntar por quem os sinos dobram no Brasil, eles dobram pelo país, por todos nós. É muito triste. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 14/11/2017
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