Não se explica




Numa sala de aula, em um curso intensivo de inglês, em mil novecentos e oitenta e seis, recordo que ali, as pessoas naquele tempo corrido do curso, pouco se comunicavam. Um dia precisei faltar, foi quando me dirigi àquela moça séria, mas que foi muito atenciosa, trocamos algumas palavras. Ao longo dos tantos trimestres, aos poucos ficamos amigas. Um ano depois, eu fiquei grávida da minha segunda filha, Lídia, e por conta da maternidade precisei me ausentar, perdendo por pelo menos um ano e meio, o contato com ela. Logo que passa essa fase, retorno ao curso, coincidentemente a reencontro para a nossa felicidade. Travamos uma grande amizade, dessas coisas que não se explica. Nascendo a minha terceira filha,  Lílian, me afastei novamente do curso, dessa vez não nos afastamos mais. O pai dos meus filhos, muitas vezes precisava viajar, e a única pessoa em quem ele confiava que ficasse em casa, era ela. Nas férias, com as crianças e nós, ela era presença confirmada todos os anos na casa de praia. A Ana, é uma amiga daquelas que a gente não pode jamais deixar de querer por perto, uma pessoa positiva, sincera, solícita, transparente, alegre e às vezes, enjoada, quando ela quer consertar algo que ver que está errado, essa sua característica, foi o que me fez sempre preservar a nossa amizade, pela autenticidade dela. Nos momentos literalmente mais difíceis da minha vida, ela esteve presente. Dividimos até hoje, sempre que podemos depois da nossa luta diária, uma saída só para colocarmos em dia em conversas descontraídas, coisas que só uma amiga pode entender. Foi um milagre na minha vida, Deus a colocar em meu caminho. Ela faz parte das nossas vidas, e assim será sempre, enquanto vivermos. A amizade é um presente, quem tem uma amiga como a Analice, conquistou um tanto de céu.

__ Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 02/11/2017
Reeditado em 03/11/2017
Código do texto: T6160675
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