BEIJO NA BOCA

O beijo na boca é o termômetro do amor.

Ele diz, com precisão, como a relação está. Quando a relação esfria, logo se extingue o bom beijo na boca. Ele vira qualquer coisa: um selinho burocrático, um beijo na testa… Ou até, simplesmente, um lábio que mal encosta, na pressa de fugir para coisas que, infelizmente, tornaram-se mais interessantes.

O beijo tem mais intimidade do que um ato sexual. É o começo de tudo. É uma dança de línguas, querendo o ápice do movimento ritmado e intenso. Línguas que dançam na liberdade das sensações mais úmidas e prazerosas. Fecha-se o olho para fazer da alma uma espaçonave de conquistas infinitas. Beijar nos transporta para lugares que nem imaginávamos que existiam.

Beijar é uma arte. Um jogo no qual vencem todos que participam. Não existem perdedores se você está disposto a jogar; se você está inteiro naquele pleno exercício, onde as bocas se encaixam e inventam paraísos.

Beijar queima calorias, nos relaxa, nos acolhe e nos faz querer mais e mais aqueles lábios únicos, donos dos beijos mais perfeitos.

Quando as bocas se combinam, elas se buscam árduamente. Repetir um beijo bom é como mergulhar novamente em oceanos repletos de surpresas.

Por isso, fique atento ao beijo que você ainda quer dar e que não pode deixar morrer. Beijar é acender pavios, lançar faíscas, criar catarses. Beijar é saber-se parte do outro. É saciar a sede de engolir quem se ama. Porque quando amamos, apenas o outro, inteiro, é o que nos basta.

Beijar é o princípio do querer ir além do que a alma pode alcançar. Beijar é acordar sentidos. Então, sintam-se beijados neste começo de noite! Até mais!

Raul Franco
Enviado por Raul Franco em 10/10/2017
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