PEQUENO TRATADO SOBRE A FINITUDE

A morte assume diversas roupagens no imaginário das pessoas.

Transmuta-se conforme as várias fases da História.

Desde as pinturas rupestres, passando pelos ornamentos fúnebres das diversas civilizações, a morte sempre foi sacralizada. Tratada com medo e respeito.

Refletindo esta visão mais formal, do inconsciente popular emergem as figuras da caveira, da velha com uma foice, da bruxa, da cruz. Todas, de certa forma, símbolos de temor.

Os artistas, sempre eles, resolveram transgredir e fizeram do ente temido uma abordagem mais criativa. Como o cineasta Bob Fosse que, em "All that jazz", trouxe a figura da morte na pele de uma loira sensual.

No entanto, lembramo-nos da "indesejada das gentes", sempre que uma criatura de nosso círculo pessoal bate asas e se vai para outras faixas de realidade.

E, hoje, se finda mais um ciclo pessoal no planeta Terra. U m poeta morre, mas deixa sementes.

Que continuarão a germinar no árido solo da arte brasileira. Evoé!

Ricardo Mainieri
Enviado por Ricardo Mainieri em 13/09/2017
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