Daqui a pouco é depois?

Se pudesse alterava certas coisas que o tempo registrou. Desculpem-me, mas o tempo me fascina de tal forma, que tenho essa ideia até certo ponto absurda sem pretensão de me tornar auxiliar de Deus. Ando pensando e muito a respeito do tempo, não só sobre a forma como ele passa para cada um de nós, mas também sobre como não permitimos que ele passe, por medo do que virá ou até mesmo por comodidade.

Na maior parte do tempo deixamos passar ao fecharmos os olhos para o que realmente importa. Porque somos seres humanos e uma das nossas falhas mais frequentes é deixarmos passar.

Com o tempo, vem a indiferença humana sobre essas coisas que acontece. Mas várias vezes ocorre algo que merece ressalvas sobre tal, tem acontecimentos que mesmo lidando com as verdadeiras importâncias não aceita emendas. Mas não questiono nossa capacidade de voltar ao início das coisas e seguir adiante com o coração repleto dessas boas intenções – e o desejo verdadeiro de colocá-las em prática – que a maioria só se permite pensar contemplar e vivenciar em um calendário não criado por si.

Amor, respeito, presença, amizade, fé, busca, companheirismo….. Que esses acontecimentos podemos selecionar os pontos que venha causa-nos momentos nostálgico e alegres.

Daqui a pouco é depois?

Daqui a pouco é depois, sim. Eu muitas vezes faço esta pergunto: Aonde eu fiquei mais maduro? Será que os anos passaram nem tive a coragem de questionar sobre meu comportamento. Só posso dizer que, apesar de daqui a pouco ser depois, espero que aprendamos a manter neste depois todas as boas coisas deste antes. Que não morram de sede nossos sonhos. De fome nossas benfeitorias. De solidão nossos afetos.

Escrevi esta crônica ouvindo Dropes ofá Júpiter, do Train, no repeteco. Esta música, para mim, tem gosto dos momentos felizes que tive na juventude. Daqui a pouco é depois e, para aquele daqui a pouco da minha juventude, cheguei ao depois que é hoje, e me lembra aqueles olhares…. Através desta canção.