Brasa e Sardinha

Tô preso em casa, está chovendo paca e, creiam, fazendo frio. Queria sair porque andar na rua, mesmo chovendo fininho, é bom para quem tem asma, o ar puro ajuda. Mas chovendo demais isso é impossível. Assim, me conformei e tentei ler um romance policial. Não consegui, então resolvi rascunhar uma maltraçada. Não achei assunto, aliás, achei, mas, confesso, achei fraquinho-fraquinho, mas se a comida é essa pra que engulhar, né mesmo? Vamos ao dito cujo (forcei a barra com essa expressão?):

Nada é mais repulsivo do que a mania de algumas pessoas de puxar a brasa para sua sardinha. Querem na marra levar vantagem em tudo e ainda por cima de maneira ostensiva e, não raro, truculenta. Não respeitam os mais elementares princípios da educação, forçam a barra, avançam e levam tudo de roldão. Tem mais: quando alguém reclama, ficam ofendidos, rodam a baiana e há, pasmem, os que ficam violentos, ameaçam e tentam de todo jeito impor sua vontade.

Dentre esses espécimes repulsivos há alguns pretensiosos, tentam puxar a brasa pra sua sardinha de forma light, subliminar, usando da malícia e enrolada. São ainda piores que os grosseiros, porque dão o bote e escondem as unhas.

Acho que a pessoa não deve fazer questão por besteira, se for algo pontual, nada sistemático, deve-se desculpar, fazer de contas que nem notou a "avançada", não é preciso se ficar ofendido. Mas quando é comum, ostensivo, recorrente, quando a coisa é flagrante e, portanto, inescrupulosa, aí, paciência, deve-se repelir. Ser pacífico é uma coisa, ser mané besta é outra coisa. Não se pode ser condescentende com quem não nos respeita, com essa turma que na marra puxa a brasa s[o pra sua sardinha.Sou pacífico, mas não aceito essa prática ostensiva, repilo na hora, rasgo a fantasia dos pretensisos, na hora que nem caldo de cana. Faço zoada. Juro.

No mais, sardinha só gosto em lata, como com pao francês, de preferência quentinho. com o acompanhamento de coca ou guaraná. Prefiro a sardinha com molho de tomate, a latinha que tem aquele sispositivozinho que a gente puxa e a tampa sai, sem necessidade de usar abridor de latas. Alterno duas marcas, "Coqueiro" e "Gomes de Sá". Agora mesmo vou degustar essa iguaria, mas com pao francês dormido. É pena. Na vida não se tem tuo que se deseja. Inté.