COXINHA DE MORTADELA? A NOVA MODA!

Tem coxinha e agora coxinha com requeijão arrotando catupiri. Reuniram-se ao mortadelas que arrotam a carne reciclada da Friboi para gritarem Fora Temer! Esquecem que os antídotos são feitos com o próprio veneno e os devemos aos cientistas e pesquisadores que, além da sabedoria, possuem o dom da paciência.

Seria ótimo que os coxinhas e mortadelas se aliassem como irmãos, sem ódio e sem animosidades, em defesa da mesma mãe pátria que os abriga em seu ventre. Mas, o que vemos é uma concentração sutil para expulsar do corpo político uma firula que está a exigir tratamento e não extirpação. Caso se dê a remoção, os anticorpos não darão conta de atacar ao mesmo tempo tantas feridas, que pela lei da compensação, irão aparecer no tecido político e o caos se instalará. Concentração essa sutil, quase invisível e inútil.

A manter as instituições democráticas é necessário que o Temer continue, como um remédio amargo, mas de efeito a médio prazo. Sem ele, é como sem remédio e sem nem longo prazo...

A curto prazo só uma intervenção civil-militar, mas não temos homens preparados para isso. Seria válido se possível, e o tratamento de choque contaria com meu apoio. No plano ideal, como em 64, só que agora parece-me que o ideal não mais existe e nem mais os patriotas esclarecidos.

Apesar de saber que ao acaso muitas receitas acabam sendo boas descobertas, arrisco a perguntar: não causará indigestão esta nova moda de coxinha recheada com mortadela?

Armand de Saint Igarapery - textos no Face e no Recanto das Letras

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