Quem escreve também dos males se despede!

Alguma vez você começou a escrever só para passar o tempo? Não importa se era um excelente texto literário ou uma porcaria qualquer, mas você escreveu? Se a resposta for sim, qual foi sensação? Aposto que de certa forma deve ter sido bem agradável.

Pois é, sempre disseram que quem canta seus males espanta, mas e quando a gente escreve também. Quantas meninas têm diários que são verdadeiros confidentes de suas dores e sorrisos, quantas raivas são despejadas nas linhas de uma folha, quantos amores, lícitos e ilícitos, são descritos nos papeis, quantas idéias são passadas através dos símbolos gráficos. Realmente, nos servimos da escrita das mais variadas formas.

Não é preciso de muito conhecimento sobre a gramática da língua que quisermos escrever, basta apenas que tenhamos ao alcance das nossas mãos uma folha em branco e de um utensílio que sirva para marcar a folha, pobre coitada. E pronto, teremos uma poesia, um conto, uma carta ou um registro que só Deus sabe se será útil para a humanidade. Porém de uma coisa temos certeza: o que for escrito pode até não ser útil para a sociedade, mas para quem escreveu vai ser com certeza!

Pensemos nisso quando nos recusarmos a escrever: Será que Drummond ficou analisando se os seus escritos eram úteis para alguém? E Oscar Wilde, Cecília Meireles, Machado de Assis? E aquele rapaz inglês, Shakespeare, que escreveu os melhores textos cênicos da história e que dizem que a maioria deles foi escrita apenas para que ele tivesse o que comer? É claro que quando pegarmos em um papel e caneta não vamos ter a pretensão de tornarmos os novos mestres da escrita, mas que se dane escrevamos mesmo assim se nos for útil e agradável naquele momento.

Bom, essa era a mensagem que queríamos passar com essas pobres linhas. Se alguém após a leitura sentir-se animado a começar a escrever ótimo, se não paciência. Mas aqueles que já têm esse hábito possam cultiva-lo cada vez mais e que possam despir-se de todos os tipos de medo e mostrar ao mundo seus escritos. Um bom começo é mostrar para os amigos íntimos e depois, aos poucos, mostrar aos conhecidos e desconhecidos se sua intenção for escrever para instruir ou distrair. Agora se a sua escrita for apenas uma forma de terapia que continue a escrever.

Agora é pegar papel e caneta e mãos a obra!