Fatos da Vida Real

A turbulência que alguns grupos exercem a manifestar seu repúdio aos acontecimentos políticos recentes está chegando à níveis assustadores. Foi o que vimos nas manifestações realizadas nas capitais do Rio de Janeiro e em Brasília, as cenas de barbárie indignaram os olhares dos brasileiros atônitos com sequências intermináveis de corrupção seja da Odebrecht e agora da JBS envolvendo inclusive a figura do presidente Michel Temer.

Assim da mesma forma que os protestos iniciaram envolvendo os movimentos oposicionistas pacificamente foi compreendido que encerrariam, no entanto, grupelhos mascarados conflagraram a depredação dos bens públicos restando a polícia a duríssima missão de partir para o confronto restabelecendo a ordem. Ainda sim não equivale a uma parcela substancialmente relevante da população que evoca de modo contundente sua revolta, são grupos aliados de partidos políticos que constantemente inflamam motins orquestrados a manifestar seu repúdio contra a corrupção.

É legítima a manifestação sadia e organizada da sociedade em pró da moralização da política, contra a corrupção, a favor do Estado de Direito, da Constituição, das reformas trabalhistas, tributárias e da previdência desde que sejam coerentes e não prejudiquem ainda mais os trabalhadores, aposentados e pensionistas. Queremos um país potencialmente preparado para crescer, sem máculas, um povo honrado governado por austeros democratas.

Após os fatos descritos acima, outra situação embaraçosa foi motivo de muita discussão por ter gerado constrangimento na questão da inviolabilidade da fonte no meio jornalístico. Estamos citando o caso ocorrido entre o jornalista Reinaldo Azevedo e o Ministério Público Federal em que sua fonte e investigada Andrea Neves conversavam assuntos corriqueiros e um destes assuntos culminou no pedido de demissão do jornalista ao órgão de imprensa ao qual trabalhava por crítica à uma reportagem do periódico.

O diálogo foi interceptado pela Polícia Federal com a solicitação da Procuradoria Geral da República, a investigada em questão é a irmã de Aécio Neves e não o jornalista. A própria Polícia Federal não evidenciou nenhum assunto que pudesse ser alvo de crime no diálogo, o que causa estranheza foi o fato desta conversa ter sido tornado pública justamente contendo a crítica realizada pelo jornalista ao seu antigo trabalho.

Houve desta maneira uma violação à privacidade da fonte e como é de conhecimento notório, o jornalista tem sido crítico contumaz de diversas atitudes tomadas pelo Ministério Público em relação à Lava Jato e a outras operações equivalentes como também as posturas praticadas por Rodrigo Janot e Sérgio Moro. Não custa perguntar qual foi o propósito do vazamento deste diálogo que a priori não possui indícios criminosos e justamente contendo críticas ao periódico que o mesmo trabalhava?

Roteiros dignos de peças de ficção de um filme, ou de um seriado de TV ou mesmo de uma novela de imensa repercussão. Sem dúvida alguma nas mãos certas seriam sucesso garantido, porém são fatos da vida real ocorridos em nossa nação que sofre com os desmandos de um governo que está aos farrapos, moribundo diante do debacle iminente.

A pátria que sonhamos não está sendo respeitada a muito tempo, a crise corrói nossa alma tirando o sabor da esperança. Abaixo deixo-vos três frases próprias deste momento sombrio e rogamos à Deus uma iluminação capaz de estancar a sangria terrível que acomete nossa gente.

"A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios."(Barão de Montesquieu)

"Políticos no Brasil não são eleitos pelas pessoas que lêem jornais, mas pelas quais se limpam com ele." (Conde Von Noble)

"Com a corrupção morre o corpo, com a impiedade morre a alma." (Santo Agostinho)

Luis Profeta
Enviado por Luis Profeta em 06/06/2017
Reeditado em 06/06/2017
Código do texto: T6019620
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