Reza Chorada (Estudo do Chão)

Quebrando o duro achei buracos profundos, vacos escuros e lugares onde não pude chegar a massa, mas que imaginei segue para o rio e leva aquele filete reprimido que buscava liberdade seguindo o caminhos das águas.

Percebi que onde não entra água, reza o chão, reza a terra e reza a sede para que chova até com pressa, mas que água desça, para que planta apareça, nasça e seja verde toda a revoada de nossos olhares, de nossos lares de nossos tempos e lugares.

Espaço onde não há água é asfalto, mas se joga uma semente lá, a semente reza para chover e levar, vem aí chuva forte, assim diz Onça Celestino, um animal espiritual amigo, fala comigo, mais formas de chover é plantando mudas, elas falarão de quando crescer e as nuvens évem para ser o verde a respirar clorofila pelo calor do amor do sol e assim um clico girar, a água que foi planta era gente e agora já está de suor a voar.

Logo choverá, sempre vai chover enquanto a sede for relicário, joga uma semente no quente ouça chorar uma mãe e suas lágrimas aguarão nossa emoção.

Chorei.

Poeta Pires Pena
Enviado por Poeta Pires Pena em 05/06/2017
Reeditado em 05/06/2017
Código do texto: T6019012
Classificação de conteúdo: seguro