Vida, sonho, ilusão...

Não sei os outros, mas eu, hermanas e hermanos, de vez em quando me pego divagando sobre a vida e o sonho. Fico ali, no meu cantinho, imaginando, fantasiando, quase delirando. Penso: será que estou mesmo vivendo ou tudo isso não seria apenas um sonho? Não riam, mas às vezesaté me belisco para saber se estou mesmo vivo, se aquele momento é real. Chose de loque? Não. Fantasia de véio caduco? Não, Falta do que fazer? Não.´Sabem por quê? Porque faço isso há bastante tempo. Admito que pode ser até obsessão.

Já fazia esse tipo de divagação, mas se tornou mesmo uma mania depois que tomei conhecimento do texto (peça) de Calderón de La Barca, "A Vida é Sonho", Gosteri paca, principalmente da fala final de Segismundo, quando ele admite e confessa que está confuso entre o sonho e arealidade. Ele fala como se declamasse um poema:

"É certo; então reprimamos

estafera condição,

esta fúria, esta ambição,

Pois pode ser que sonhemos,

e o faremos, pois estamos

em mndo tão singular

que o viver é so sonhar

e a vida no fim nos imponha

o que é ate despertar.

"- Sonha o rico a sua riqueza

que trabalhar lhe oferece;

sonha o obre que padece

sua miséria e pobreza;

sonha que o triunfar preza,

sonha o que luta e pretende,

sonha o que agrava e ofende

e no mundo, em conclusão,

todos sonham o que são,

no entanto ninguém entende.

"- Eu sonho queestou aqui

de correntes carregado

e sonhei que em outro estado

mais lisonjeiro me vi.

Que é a vida? Um frenesi.

Que é a vida? Uma ilusão.

Uma sombra, uma ficção,

o maior bem é tristonho,

porque toda a vida ésonho

e ossonhos, sonhos são".

É lindíssimo o texto, faa tipo poema, faz pewnsar e fantasiar, quase delirar, mas não podemos encucar... Émelor voltar à realidade e cantar com Zeca Pagodinho: "Deixa a vida me levar, vida eva eu...". Bom, agora vou tomar meus remédios e se Xeus quiser dormir e, quem sabe, sonhar um sonho sem crise e nem problemas. Inté.