A VIDA SE TORNANDO NORMAL

Quando eu toco acordeom nas casas de retiro de pessoas idosas,  fico observando as formas, além da longevidade das vidas alcançadas mas também o que as levou buscarem ou ser levadas seja por doenças ou pela idade que os próprios descendentes precisam do “TEMPO” para tocar as suas próprias vidas mas que deveriam olhar a vida daqueles que alguma vez no passado tiveram “TEMPO”.
 Às vezes o fato de pessoas durarem tanto e que buscam um tipo de vivência em comunidade com pessoas alheias até então e que lá estão da mesma forma conhecendo novos semelhantes e convivendo esse mérito de uma vida cheia de histórias e conhecimentos por pertencerem a uma vida quase que infinita e próximo da finitude.
Nessas casas de convivência para idosos, as pessoas tem todas as assistências merecida, sem discutir os porquês, por ali estarem - Mas pensando com os meus pensamentos e analisando as pessoas  lá mantidas... Fiz uma comparação com outros serem humanos que ainda não foram para essas casas de pessoas idosas... ou que ainda não pertence aos idosos porque são novos e algumas porque morrem antes de usufruir da velhice outras por passam suas velhices em suas casas com os cuidados dos próprios familiares... Aqueles que tem “TEMPO”.
Nessa comparação... eu vi as velhices estampadas em seus rostos, vivendo com coisas que são o suficiente para a vida, sem necessidades de adquirir materiais que só servem para acumular e atrapalhar, mas não serve para o uso na vida, na saúde... eles não tem carro, e para que os ter... não tem inveja pois são todos iguais não querem  ser o melhor e ter mais para fazer as desigualdades... os que estão no retiro não tem rancor pois sabe que isso é pior para eles... não querem ganhar dinheiro... não vai adiantar nada pois a saúde não se compra quando ela não quer se vender... não brigam, já que a força lhes impede... a maioria não fazem preces pois estão impedidos pelo mal de alzheimer - vivem bem, deixando de lado as  diferenças se é que existem – mas sabem  que a paz é mais importante e a amizade também.
São idosos que aprenderam a viver bem e se tornaram pessoas que me permitem chamá-las de NORMAIS  para o viver... pois percorrendo o mundo louco não acho que a vida seja muito normal, para muitas pessoas e continuo pensando - como estas pessoas antes da longevidade são diferentes...
Bem diferentes, a maioria - mas as doenças o estresse,  talvez não as façam durar tanto para experimentar uma vida normal  numa casa de repouso  para idosos.

 

Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 18/05/2017
Reeditado em 21/12/2022
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