VENCEDORES E INVENCÍVEIS


 

 

Hoje dia 22 de Fevereiro de 2017, assisti uma entrevista com o médico brasileiro psiquiatra AUGUSTO CURY que se tornou um grande escritor, vendendo livros em vários países. O que me chamou atenção, foi o fato a respeito da criação de crianças atuais onde elas ganham presentes em demasia, aprende coisas em demasia tendo  mais informações do que os imperadores da antiguidade... isso me fez mais uma vez continuar meus pensamentos de autodidata um pouco aprimorado pela idade buscado com caminhos melhores e um pouco de sorte,  mas eles, meus pensamentos voltaram para algo tenho quase uma vida dedicada... que é o judô e sem deixar de citar na sua filosofia.
Quando eu era um jovem que estudava minhas primeiras lições escolares lá em Passo Fundo/RS, tínhamos aulas de educação física e nelas estavam além de ginástica algum tipo de esporte, normalmente com bolas... tinha uma finalidade que era estimular e aprender o valor da saúde... as vezes fazíamos competições que era considerado uma festa... não havia prêmios, eram apenas sorrisos e abraços mútuos, e a finalidade do esporte tinham seus motivos alcançado, que era a integração, o entender de saber vencer e ser vencidos e a amizade cultivada que tinha continuidade na vida.
Mas o tempo foi mudando e professores aprimoraram as competições, colocaram prêmios alegando como incentivo, e até era,  mas os meninos foram ficando mais fortes e o mundo iniciou uma mudança esportiva, até que chegamos em 2016 percorrendo mais de 60 anos... e agora voltando ao judô onde hoje no Brasil temos campeões mundiais, olímpicos e aí onde todos querem chegar... mas vamos pensar:  Quantos atletas brasileiros conseguiram? E quantos atletas existem no Brasil hoje? Chegamos alguns milhares... parece um sonho muito distante.
  Então eu faço a comparação com o escritor Augusto Cury... houve uma mudança muito grande de 60 anos e tem pessoas que possuem qualidade competitivas por natureza e outras são feitas através do treino e até conseguem... mas será que estes atletas não estão treinando demais? Estou apenas perguntando! Porque até que ponto esses sacrifícios compensam... é para a saúde ou tornar-se um vencedor? Claro os atletas vencedores se tornam conhecidos no mundo e seus técnicos também, mas são momentos, alguns seguem como técnicos, mas a desistência precoce e mesmo a não precoce, são muitas, porque cansam de tanto treino e em alguns casos parecem torturas, os poucos mais fortes ficam e os “outros”  não.
Mas eu fico pensado no que me referi no início... a finalidade não é só ganhar, mesmo sabendo dos seus méritos e benefícios, mas não podemos esquecer-se da finalidade maior que é manter o corpo e a mente de bem, aliado a filosofia e treinar sempre como e fosse uma escolha da vida que lhe trará benefícios saudáveis... vencendo a si próprio, como se aprimorar, corrigindo os próprios defeitos e será um INVENCÍVEL... Observo que muitas vezes a filosofia é bem respeitada até nas aguerridas competições, e assim deve ser... apensar das observâncias que algumas vezes elas são esquecidas por atletas e até por dirigentes como já aconteceu na Kodokan, que é uma pena considerando que o judô vai além das competições que pode ser praticado enquanto o corpo permitir... O meu ainda permite aos 73 anos.

 

Mas agora reeditando este  conto em 2022 já completei 79 anos, e continuo no esporte, fazedo natação e ciclismo, até o corpo mandar parar... treino é para sempre.
 

Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 17/05/2017
Reeditado em 24/12/2022
Código do texto: T6001959
Classificação de conteúdo: seguro