A Rosa morreu de novo?

Ou: A saga continua...

Pra quem já leu aqui um texto meu anterior... ("A Rosa morreu?")

Ontem apareceu mais uma Rosa!!!

Pra quem não conhece a história, escrevi sobre as Rosas vários "posts" atrás! (A Rosa morreu? / Uma casinha em Pequeri)

Pode ser que seja útil lê-los pra entender o que vem por aí... (ou pelo menos tentar, já que nem eu sei se entendi!)

Bem, vou tentar resumir.

Ontem, minha bem informada tia Ignêz escreve uma mensagem para a minha mãe (e não podemos nos esquecer de que ambas já tinham rido um bocado da história das Rosas!):

- "Ei Juli! Fiquei sabendo hoje que a Rosa morreu ontem! Mas essa é a Rosa da tia Juracy. Se não fosse trágico, seria cômico. Hahaha bjs"

Pelo final da mensagem parece que ela achou trágico E cômico!

Pois bem. Minha mãe caiu na besteira de enviar essa mensagem para nós, suas filhas... E aí começou tudo outra vez!

- "Rosa? Que Rosa???" - foi a pergunta da Patrícia, minha irmã mais velha, não sem a intenção de fazer uma certa graça!

A outra irmã escreve:

- "A Rosa morreu DE NOVO???"

Minha mãe, então, responde:

- "Foi a Rosa filha da tia Juracy, aquela bem magrinha."

Comecei a me sentir um pouco constrangida, já que não sabia nem quem era a tia Juracy, muito menos a Rosa bem magrinha! E aí não tinha nem como ficar triste ou lamentar a morte da Rosa (a magrinha!). Mas pra meu alívio a conversa continuou, e eu percebi que não era só eu que não conhecia a Rosa "magrinha"...

A irmã mais velha pergunta:

- "Que Rosa magrinha? A Rosa? A Rosa, pelo que me lembro não era magrinha! Quem é a Rosa da tia Juracy? Mas ela já não havia morrido? Vocês estão falando de uma outra Rosa que ainda não tinha aparecido? Quantas Rosas a gente conhece, por favor???"

E aí o circo foi armado... de novo!

A irmã do meio, Tati, diz:

- "Mãe, afinal de contas, que Rosa é essa agora??? Se continuar desse jeito a gente vai morrer sem saber que Rosa que morreu!"

E eu pensando: "Gente do céu, enquanto existirem Rosas e enquanto elas estiverem morrendo por aí a gente não vai resolver essa história!"

Cá pra nós, é um pouco de falta de criatividade dessa gente na família... afinal, quantas Rosas eu ainda preciso conhecer? Decidi então que nunca vou colocar o nome de filha minha de Rosa... mesmo que eu nem filhas mais possa ter! Está decidido!

Mas a conversa continuou, por meio de mensagens escritas e áudios recheados de gargalhadas desmoderadas.

A irmã mais velha, que, sem querer ofender ninguém, é a mais desajustada de todas, continuou a conversa:

- "A Rosa da tia Juracy não é a doidinha que já tinha morrido???"

Minha resposta:

- "Não Patrícia! Morreu tá morrido!!! Não morre de novo!!! Já foi! A doidinha já morreu. Essa pelo menos a gente tem certeza que sim. Não temos?"

E ela insiste, agora com áudios:

- "Pois é! Eu não lembro da Rosa magrinha! A Rosa Rosa não era magrinha, era bem gordinha!"

E eu me perguntando quem seria a Rosa Rosa... as duas que conheci eram gordinhas!

Mas ela não pára:

- "Eu me lembro da Rosa grávida, e aí ela não era magrinha! Rosa magrinha não existe!"

Concluo: "Ok, a Rosa Rosa é a babá, não a doidinha e nem a magrinha!"

E ela inconformada:

- "Gente, não dá nem pra ficar triste! Porque eu vou ficar muito triste quando a Rosa Rosa morrer! Mãe, a Rosa Rosa já morreu? Pelo que eu sei, ela não morreu, certo?"

A outra irmã verbaliza a minha pergunta anterior:

- "Mas quem é a Rosa Rosa, Patrícia?"

A irmã mais nova, Carol, (imagino que revirando os olhos!) diz:"A minha rosa está ótima!"

A irmã do meio, Tati, começa a engasgar de tanto rir!

E eu me sentindo ainda mais constrangida, pois não conseguia conter as gargalhadas! A notícia era pra ser triste! A Rosa magrinha tinha morrido e a gente estava engasgando de tanto rir! Isso não se faz! Pobre tia Juracy! Aliás, será que a tia Juracy já morreu também? Porque aí o meu constrangimento poderia, talvez, ser um pouco menor...

A irmã mais desajustada dá a cartada final:

- "Imagina um desavisado vir contar pra gente que uma Rosa, sua mãe, morreu, sem saber de nada e a gente dispara a rir!"

Mas era quase isso que estava acontecendo e haja mesmo constrangimento, pois ao imaginar nós todas juntas numa cena como essa, eu realmente entrei numa crise de riso sem volta!

Segue-se uma sessão de áudios com muitas gargalhadas e vários outros disparates!

Pra encurtar a conversa e colocar um ponto final (Será??? Ou enquanto existirem Rosas essa conversa de maluco perdura?), hoje minha mãe escreve:

- "Olha, vou explicar!. A Rosa do tio Antônio, a doidivanas, morreu."

E nessa altura não posso deixar de me perguntar... Quem usa o termo doidivanas??? Pobre Rosa, além de morrer ainda é chamada de "doidivanas"!

Minha mãe continuou:

- "A Rosa que trabalhou conosco no Rio, aquela que ficava torta (mais risadas!), morreu. A coreógrafa amiga da Carol não sei se morreu. A última Rosa que morreu é esta, a magrinha, filha da tia Juracy, e a minha rosa murchou!"

Imediatamente mandei mensagem pras minhas filhas: "Vocês estão terminantemente proibidas de colocar o nome Rosa em qualquer filha que porventura tiverem!".

Confesso, o cruel pensamento foi "Vai que morre e a gente fica confuso tudo de novo!".

E a próxima mensagem foi pra minha mãe: "Mãe, e a tia Juracy? Já morreu?"

Marô da Matta Machado
Enviado por Marô da Matta Machado em 27/04/2017
Código do texto: T5983044
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.