Lição de gramática e fumo

Conheço u sujeito do sertão, gente finíssima, mas muito caladão e sempre evita falar em assuntos da sua terra. Mas, às vezes, devido aos apelos dos amigos ele resolve contar alguns causos da sua terrinha. Detalhe: todos verdadeiros, prego batido e ponta virada.

Dois desses causos eu anotei no meu caderno de anotações por achar simplesmete arretados. Os dois envolvem um tipo muto conhecido no sertão, meio rude, meio atrabiliário, radical, mas, pasmem, muito engraçado.

O primeiro caso, o que mais gostei, foi uma lição de gramática dada por esse capitão sertanejo, quando era presidente da câmara. Numa sessão, um verador do PTB, um sujeito sério e coerente, da oposição, desceu a lenha na prefeitura e fez um requerimento oral ao prefeito, um coronel que era chefe político local e amigo do capitão vereador, exigindo que uma estrada vicinal láda zona rural fosse consertada porue os carros que transitavam por ela estavam sendo prejudicados. E citou como exemplo o seu jipe quehavia se atolado na referida estrada. A secretaria da câmara redigiuo reqerimento e na justificativa colocou qe o jipe do vereador havia "se atolado"na lama. O petebista dscordou do emprego do "se"e recomendou que ela colocasse "atolou-se".Ambos eram metidos a conhecedors da ^gramática, então houve uma discussão. O presidente,o capitão, resolveu intervir no debatecom aquela moderação que Deus lhe deue disse: - Que discussão mais besta, atéparece que vocês nãoestiverama na escola primária. É o seguinte, pessoal, se o problema foi com os pneus dianteiros é se atolou como advogaasenhora secretaria, mas se foram os traseiros então é atolou-se como quer o ilustre vereador da oposição. Um caso simples.O vereador petebista riu e disse: - O problema é que foram os quatri pneus, os dianteiros e os traseiros.O presidente não teve dúvida:- Ora, porque nao esclareceram logo, fica ainda mais fácile só colocar "se atolou-se". A secretaria colocou e todos aceitram a aula de gramática.Quem era doido de discutir? O cara era avio curto.

O segundo causo aconteceu uns dez anos antes, nesse tempo tanto o coronel como o capitão eram vereadores. Houve uma sessão da câmara para homenagear um figurão do governo. Sessão demorada, varios discursos, até que chegou a vez do hmenageado, um cara prolixo paca. De repente o capitão sentiu falta do cigarro "pacaio", achou a seda mas nãoo fumo. Que maçada!, pensou. Aperriou-se, Então, de repente,o homenageado deu uma paradinha ´para beber água, o capitão não tve dúvida, estava na extremidade de onde estava o coronel e aí gritou com sua voz trovejante: - Eustáquio, tu tem fumo? Ocoronelficoumeio constrangido mas balbuciou que tinha.O capitão então gritou outra vez: - Então pica pra nóis. óquem não riu foi o homenageado. O capitão acendeu o seu pacaio e qando a fumaça começou o sujeito seapressou ateque chegou no "tenho dito".

A política de hoje nao tem mais humor. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 22/04/2017
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