FILHOS DE CHOCADEIRA

Assisti, estarrecido, a frase pronunciada pela professora Marilena Chaui: “Eu odeio a classe média”! Sem querer entrar no mérito do contexto de seu discurso, pinço só essa parte, que por si só demonstra uma incoerência relevante, quando a mesma recebe um polpudo salário do Estado que ela condena. E cospe sobremaneira sobre os menos aquinhoados, pois o país é pobre onde o salário mínimo é vinte vezes menor do que os ganhos da provecta senhora. Não a conheço pessoalmente e não desejo fazê-lo, ainda mais quando em outra afirmação, desdenha da família tradicional dizendo essa ser uma invenção do capitalismo que ela também odeia. Busco na história procurando em que tempo surgiu a família e o seu conceito. Tenho em mim que tal linha de raciocínio permeia os cérebros infectados pelas retóricas Marxistas, Leninistas, Maoistas, Trotskistas, Pol Potistas e outros fundamentalistas do mal. Desde que o mundo é mundo a família teve a preponderância no avanço da civilização.

Tenho a convicção de que a tal provecta professora teve origem numa conjunção carnal entre o seu pai e a sua mãe, e, sendo pai e mãe, constituíam uma família que trabalhou diuturnamente para dar-lhe um adequado ensino e educação. Renegar, como faz essa indistinta anciã, é desonrar pai e mãe. E, esse é o maior pecado do ser humano. Entretanto, pecado inexiste no pensamento ateísta socialista. E o ser humano é a mão de obra abundante que consumirá as rações controladas pelo Estado comunista que eles tanto sonham.

Pai e mãe é só um detalhe da opressão capitalista.

Quando o Khmer Vermelho banhou de sangue o Camboja, a primeira grande tarefa foi destruir a família e os laços familiares em nome do Grande Angkar.

A expressão facial dessa bizarra velhinha talvez queira nos fazer alguma confissão. Eu entendo assim.

Talvez seja o fato de que todos os socialistas que insistem em destruir a família sejam filhos de chocadeira. Pois, é á única explicação que encontro para definir tamanha ingratidão!

Sérgio Clos