I n v e j o s o

Não sou alguém com muito jogo de cintura para aturar pessoas pretensiosas, chatas de galochas e amostradas. Mas até sou condescendente com algumas. Vou dar um exemplo: os chatos de berço, são chatos mas já nasceram assim e, juro, alguns são gente boa. Também aturo meia dúzia de mentirosos e convivo, pasmem, numa boa com bébados chatos, alguns amigos provocadores amigos e, pasmem outra vez, com alguns malucos. Só não dá para conviver com canalhas e capachos. Esses não aturo, dó quero distância. Na verdade eles me respeitam e não se aproximam.

Mas há um tipo que também não suporto: o invejoso. Pelejo para aturá-los mas não consigo. O invejoso me causa náuseas. É jm sujeito repulsivo, tem ferrugem na alma. Inveja tudo. É capaz das maiores vilezas para dar vazão a sua inveja. É um ser perigoso. Foi a inveja que matou Caim, diz o ditado popular. A inveja leva, com certeza, o invejoso a tomar o caminho da perdição.

Não estou me referindo ao invejoso fichinha, à inveja normal e explicável, ao recalquezinho que todos temos. Estou falando do invejoso doente. Desses infelizes crônicos que podem se tornar perigosos.

A inveja crônica é fim de linha. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 19/03/2017
Código do texto: T5945596
Classificação de conteúdo: seguro