MULHER, O PROJETO DIVINO
 
            Hoje se comemora o dia da mulher. Embora não se encontre no calendário um dia especialmente dedicado aos homens, parece justa essa homenagem às fêmeas da espécie humana. Não existem dias dedicados a isso e àquilo? Por que não homenagear essa obra-prima do Criador, esse ser quase perfeito, dedicando-lhe um dos 365 dias do calendário gregoriano?
 
            Se o Criador, em sua infinita compreensão, nos convidasse (nós os representantes machos da espécie humana) a opinar sobre essa belíssima obra realizada a partir da costela do primeiro ancestral, poderíamos apontar um ou outro pequeníssimo detalhe que tenha passado despercebido a ele, mas que não tem como escapar de nós, os que temos o privilégio de conviver diariamente com essa maravilhosa criatura.
 
            Poderíamos mencionar, por exemplo, um detalhe praticamente insignificante relacionado ao mecanismo da fala. Há qualquer coisa que sugere um pequeno desequilíbrio, como diríamos, na gestão feminina do falar. Não chega a ser uma falha estrutural,  mais uma pane eventual. Em alguns raros momentos como, na euforia, na impaciência, na raiva, na tristeza, nos sustos, em momentos de choque, arroubos e outros instantes, ocorre o fenômeno do destempero verbal. As palavras ganham vida própria na boca de uma mulher. Uma frase puxa a outra, que se articula à seguinte, que dá início a uma nova frase, numa seqüência quase infinita, sugerindo uma espécie de looping do pensamento. Diante dessa avalanche oral, é de se lamentar a falta de algum mecanismo On-Off. (Essa o Criador ficou nos devendo), para fazer as coisas voltarem à normalidade, mediante um choque ocasional de silêncio.
 
            Outro pontinho que sugere talvez um pequeno “escorregão” do Criador (nada que comprometa a obra-prima como um todo!) está ligado ao que poderíamos chamar de incontinência lacrimal, vulgarmente conhecida como choro. O comportamento feminino revela certa prodigalidade no derramamento de lágrimas. Não me refiro aqui àquelas lágrimas legítimas que acompanham os momentos de fortes emoções como aprovação no vestibular, pedido de casamento, sapato novo, bolsa nova, etc. Não. Reporto-me àquelas lágrimas ardilosas que brotam do nada, mas com um recado claro ao interlocutor: “Estamos aqui para comovê-lo e dobrá-lo, seu bobinho”. 
 
            A questão da TPM, sabemos, é causa perdida. Trata-se de falha irremediável do projeto. Talvez se o Criador tivesse uma companheira, pudesse entender a real dimensão do problema e rever o projeto original...
 
                  Desprezando esses insignificantes detalhes, só nos resta homenagear esse ser maravilhoso, construído de beleza, mistério, fortaleza e suavidade, por quem os homens ficam fascinados desde criancinha. Um ente múltiplo (três em uma? Mil em uma?) com o dom inefável de preencher todos os vazios da alma masculina e comover o próprio Criador, justificando a inspiração do poeta “....quem sabe o super homem venha nos restituir a glória, mudando como um deus o curso da história, por causa da mulher”. Vivam todas as mulheres! Sem elas, o hediondo mundo masculino seria insuportável.
Domingos Sávio ferreira
Enviado por Domingos Sávio ferreira em 07/03/2017
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