espanto

Um quadro mostrando o século que estamos vivendo: o da depressão pintando pelo "louco" Van Gogh, chamado "Homem velho com a cabeça em suas mãos". Nos mostra como a solidão é o refúgio para os depressivos, embora existam várias pessoas depressivas em multidões, que no caso já presenciamos na mídia: os cantores, artistas ou até mesmo aquela pessoa do outro lado da rua que todo o dia lhe dá um bom dia sorridente, mas por dentro a imagem é de uma pessoa indiferente para a vida.

Embora na minha concepção o quadro não retrate do termo depressão, mas sim, da solidão como um todo. Entretanto, estou fazendo um parâmetro com tudo o que nos ocorre, e que nos espanta. E isto me espanta.

Saber que existam pessoas no fundo do poço, e nós seres mortais que somos, criados para sermos empáticos um pelo outro. Vemos que tem pessoas que não importam-se, e muito menos dão aconchego ou uma simples palavra amiga para o depressivo.

Vivemos em tempos dificeis, parafraseando a Aimee Poulain. E esquecemos que podemos sim, sermos antidepressivos para alguém. Podemos ser o arco-íris no lugar que só há cinza. Podemos ser alegria onde só habita a melancolia.

Enquanto houver pessoas que pensam no outro, e não apenas em si mesmo veremos o mundo de uma forma mais amadurecida, mais viva.

Não estamos nesse mistério todo apenas para produzirmos, destruirmos e comprarmos novamente. Estamos aqui para entender que o mistério da nossa existência é maravilhoso e nos irradia em uma combustão nos tornando seres coletivistas. Seres humanitários. Nos transformando em navios dos quais pessoas independente de raça, credo, possam navegar neste mar imenso e profundo que é a nossa vida.