Sobre Estrelas e Planetas...
     
     Toda criança é uma estrela! Cada um tem luz própria, cada um tem suas vontades, suas virtudes, seu tempo para amadurecer e tornar-se adulto. O tempo passa, e com ele, sem percebermos, acabamos minguando pouco a pouco a luz interior que cada estrelinha colocada sob nossos cuidados tem!

     Seja permitindo tudo, seja podando com rigor, seja da forma que for, devemos nos permitir vivenciar um pouco da infantilidade doce que cada criança traz dentro de si. Devemos respeitá-las como crianças, jamais as vendo como adultos em miniatura, afinal, ser adulto é muito chato, principalmente para quem é criança e sabe o quanto é bom sorrir, correr, brincar, se divertir e fazer de cada momento algo especial, uma nova descoberta, uma mágica e um mistério.

     Devemos respeitar cada um pela dor e delícia de ser o que é: criança. Ninguém no mundo é igual, e nem por isso é melhor ou pior. As diferenças tão evidentes em cada um fazem com que sejam especiais, cada qual do seu jeito. Assim, sofrem do seu modo, choram do seu modo, sorriem do seu modo, são carinhosos do seu modo, são carentes do seu modo! Nossa missão como pais e educadores é a de principalmente respeitar e alimentar com amor, atenção, carinho e dedicação cada pequenino ser que é colocado sob os nossos cuidados.

     Amar não significa permitir! Amar não significa sorrir toda hora! Amar não significa aceitar o que fazem sempre! Antes de tudo, amar é orientar, é envolver com o abraço, é fazer com que se sintam seguros e respeitados como seres humanos que são! Amar é reacender dia a dia a chama interior que os torna pequenas estrelas em nossas vidas. Estrelinhas que brilham com uma intensidade ímpar, uma vivacidade sem igual e nos dão a certeza de que ainda somos uma aposta do Pai Maior nesta queda de braço Universal que existe entre o bem e o mal.

     Quando crescemos e perdemos essa luz própria, é porque nos esquecemos de que ser criança é ter ligação direta com Deus, é ter acesso direto ao coração através das chaves da inocência e da espontaneidade, nos esquecemos o significado de ser FELIZ! Com o tempo, nos tornamos PLANETAS, que se iluminam apenas quando se aproximam das ESTRELAS!

     Por isso digo com clareza: não precisamos e não devemos ser AMIGOS de nossos filhos, pois amigos eles terão aos milhares, se forem alimentados com Amor e Compreensão. Antes de tudo, devemos ser PAIS, os grandes semeadores nos Campos do Senhor!