Aqui, agora

A vida é o que é. Quem lhe dá sentido é a pessoa que sabe acordar e ter o que fazer, vive o agora, aqui, de pé, e busca, nas entrelinhas, o caminho que conduz ao crescimento.

A caminhada vale a pena. Viver em plenitude é apreciar e reverenciar as pessoas, a natureza, tudo, com os olhos atentos, com os braços abertos. No gesto de dar as mãos fica o equilíbrio e o calor, a vontade de ser melhor, em processo incessante.

A própria vida é uma constante criação, uma permanente descoberta. O importante é deixá-la fluir, sem impaciência e sem explicação. Ninguém vive sem amor, mas é impossível defini-lo, do mesmo modo que são indefiníveis a solidariedade e a liberdade porque as palavras prendem, escravizam.

Mesmo quem está há décadas em jornada, o melhor que tem a dizer, a respeito de tudo, é sei que não sei. Por essa razão, torna-se preciosidade prosseguir em busca de um grande saber: conviver e não ter vergonha de ser feliz, amadurecendo sem rugas na alma e sem culpa pela passagem do tempo.