" QUERO PENA DE MORTE": DISSE ALGUÉM.

Desde o acontecimento, com mortes, no presídio de Manaus, muito tem se comentado sobre o destino dos chamados bandidos.

Pessoas cujo aparente perfil de dóceis, bem formadas, e que não comentaria em favor de novos extermínios, nem mesmo requisitariam penas de morte, defendem a extinção das vidas dos que, dentre outros crimes cometidos, roubaram, mataram ou traficaram, em detrimento da paz e ordem pública, certamente por todos e todas não mantidas senão pela lei e decretos.

Sem se darem conta de que por extensão estão fazendo o mesmo que os algozes embora de mãos limpas, perpetuam com suas falas ansiosas, noções de atos cujas sementes lançadas no futuro reativarão sentimentos, quiçá ações, que podem se reverter contra os seus pares, amigos amigas ou familiares.

Todos tem direito a vida e cabem aos que conseguiram estudar e se aprofundar em relações de causa e efeito que desencadeia comportamentos indesejáveis, pensar, desenvolver e propor, ações que intencionem reduzir, senão extinguir, causas dos atos condenáveis e, de fato, reincluam tais personagens no contexto de vida regular, a seu tempo, uma vez que tendo cometido erros, foram pegos e encarcerados.

Encerrando, não creio que estas pessoas ousadas, ( se é que são ), que desejam e aplaudem penas de morte, teriam a mesma opinião se convocadas homens e mulheres, á uma guerra, e conseguissem retornar com vidas e sem mutilações, se manteriam este status de pensamento sentencial, pois teriam na pele e abalando seus nervos a todo momento, a experiência de ter que viver com lembranças do atos cometidos no campo de batalha e da imagem por ele causado em suas mentes, bem como o cheiro de morte da terra exalado aos seus pulmões. Certamente, como já é sabido, teriam ( eles e elas ) a saúde mental comprometida e um movimento anti manicomial ou manicomial renovado surgiria? Isso faz pensar e a resposta abre espaço provisório aos hoje menos favorecidos, pelo discernimento, que hoje, em nosso pais é suspeito e parece ser formado não por um povo “cara pintada”.. MAS UM POVO DE CARA COBERTA, pois o mal que faz, ou deseja fazer á alguém, com o sem decreto, é sempre velado, E PARA SEREM VISTOS COMO BONS, OU BOAS,.. O FAZEM POR BAIXO DO PANO.

Sandive Santana / RJ.

Sandive Santana
Enviado por Sandive Santana em 08/01/2017
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