A Arte que imita a vida

A arte que imita a vida.

O teatro que é a mais pura e autentica arte, a mais sensível representação da vida, abre as cortinas por onde surgem os interpretes iluminados, artistas consagrados, ou não, e escondem ao fechar, os figurantes do publico esse que vai aplaudir apenas o ouro que reluz e que recebe merecidamente a maior parte da arrecadação nas bilheterias.

Ah... pobres figurantes, eles fazem a maquilagem, ajustam as vestimentas douradas, servem os cafezinhos, limpam a sujeira lá atrás e depois que o grande e enorme teatro se fecha, alguns deles, varrendo o chão sonharão com o estrelato, imaginam-se diante dos holofotes e ouvem numa simulação em delírio, os aplausos daqueles críticos ferrenhos e entusiastas do grande palácio das ilusões.

O grande teatro pode ser a casa dos sonhos com cortinas vermelhas, moveis em estilo gótico e enormes candelabros, ou pode ser um cinema de bairro, ou pode ser o palácio do poder e da justiça, onde reinam ternos e gravatas ou togas mercenárias, ou pode ser um grand circo de periferia, onde os artistas choram e o publico inocente dá sinceras gargalhadas.

Ou pode ser ainda um campo de futebol, onde a bola representa o sonho da riqueza, o caminho do paitity e a alegria da multidão que transforma a arquibancada num divã de psicanalista.

Existe uma alternância que não percebemos. Ora somos os produtores, ora somos diretores, ora somos as estrelas e em muitos casos somos figurantes felizes, leves e soltos.

O que você prefere ser? O que você busca?