AGORA VAI

AGORA VAI

“Pensei que não viveria o suficiente para ver o Brasil ser passado a limpo”. Essa frase eu captei de um diálogo entre dois cidadãos que aguardavam a composição do metrô, na estação Carioca.

A terça feira prometia ser quente. E, realmente, foi. A frente e o entorno do histórico Palácio Tiradentes, já no início da manhã, fervilhava de manifestantes contrários ao “pacote de maldades” elaborado pelo governador Pezão e seus capangas da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, contingente engrossado pelo funcionários da Nova Cedae, defendendo a empresa pública da sanha privatista dos governantes pmdebistas.

Concomitante a isso, em Brasília, o fervor era para impedir a discussão da PEC 55, antiga 241. Um “pacote de maldades” nacional.

Antes oposição, hoje aliado do governo, o PSDB se finge de morto. Recolhe-se na popa do barco cujo timoneiro é Michel Temer, e prepara-se para desferir-lhe um tiro na nuca, nas eleições de 2018.

Está em curso um processo velado de eliminação dos potenciais candidatos à presidência da república brasileira, via poder judiciário, contaminado e controlado pelos figurões tucanos.

A impressão que se tem é que o veneno da mosca azul produziu uma cegueira coletiva na nova cúpula governamental, que a impede de perceber a estratégia tucana. Isso pode e vai lhe custar caro, como, por exemplo, voltar à condição de coadjuvante de poder.

Não é muito comum falatório dentro dos trens do Metrô, especialmente, na linha 1 do Rio de Janeiro. Mas, ao descer na estação Central, o burburinho se assemelhava aos dos trens suburbanos, nos horários de pico. E o assunto era o mesmo: política local misturada à política nacional. Menos mal que o interesse pelo debate político aflorou no seio do povo, até então, optante pela alienação sobre ações dos políticos e suas conseqüências.

Motivados pela aderência às redes sociais, recheadas de fatos, fotos e vídeos de toda natureza, os cidadãos brasileiros despertaram para a realidade... Acho que agora vai... Ou vai ou racha... Ou levanta a tampa da caixa.

Roberto Candido Machado
Enviado por Roberto Candido Machado em 29/11/2016
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