Quinta-Feira, 03 de Janeiro de 2030

Manhã



     Como disse ontem, comecei a reler o Eclesiastes. Gosto dessa expressão: "Todas as palavras estão gastas". Elas trazem em si um pessimismo terrível. Não há como falarmos ou escrevermos algo que seja realmente novo. Não existe mais o novo, tudo é velho, passado, repetido, gasto. A palavra-chave do livro é vaidade. Vaidade é a tradução da palavra hebraica "hebel". Se lê: rebél. Hebel é coisa transitória. E para o sábio de Jerusalém, a vida do homem é transitória. O que permanece é o mundo. Não existe Céu, vida após a morte, etc. Tenho para mim que os profetas tinham a cabeça nas nuvens. Os sábios tinham a cabeça na terra. Os escritores do NT, devido as circunstâncias, se apegaram às profecias e deixaram de lado a sabedoria. O apocalipse não veio e ficamos com muitas profecias e pouca sabedoria. Bem, essa é uma primeira impressão.
Rodiney da Silva
Enviado por Rodiney da Silva em 19/11/2016
Reeditado em 19/11/2016
Código do texto: T5828379
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