Segundo artigo publicado no El País, no último dia 26, o Papa Francisco assinou, nessa semana, um documento que proíbe, a partir desta terça-feira, que as cinzas daquele que foi cremado  sejam espalhadas, distribuídas entre os familiares ou conservadas em casa. O documento aprovado, intitulado Instrução Ad resurgendum cum Christo, adverte que “não é permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra, na água ou em qualquer outra forma, ou a transformação das cinzas em lembranças comemorativas, peças de joias ou outros artigos”. E o documento vai mais longe: “No caso em que o falecido tenha sido submetido à cremação e ocorra a dispersão de suas cinzas na natureza, por razões contrárias à fé cristã, seu funeral será negado”
Fonte: El País

O assunto é polêmico e controverso. Há países cuja cultura não aceitam a cremação. No Brasil a prática, em geral, é bem aceita pela maioria dos cristãos, muito embora o enterro seja a forma mais tradicionalmente adotada.

A Bíblia não possui um mandamento expresso sobre cremar ou enterrar. Acredito que a questão de cremação ou de enterro deva fazer parte da liberdade cristã de cada um. Cada um pode e deve escolher de acordo com sua crença e convicção.

Deus disse a Adão: "Tu és pó e ao pó retornarás". Contra essa lei, essa sentença de Deus, não há escapatória (perdoem-me os ateus). Não há o que fazer. Acredito que a cremação não fará nada além de apressar o processo de transformar o corpo em pó. 
Não conheço ninguém que tenha conseguido burlar essa sentença. Talvez os antigos egípcios, por um tempo, com o processo de mumificação o tenham feito. Ou então os norte-americanos com o processo (meio utópico) da Criogenia humana, que é o congelamento do corpo num tanque de nitrogênio líquido, guardado a -196 ºC. Daí dentro de uns 300 anos, "os cientistas descobrem um jeito de combater a doença que causou a morte da pessoa e a degelam". (?)

A polêmica continuará dividindo opiniões por muito tempo, quem sabe, pra todo o sempre (amém) assim como vários assuntos que envolvem a fé e a igreja.

Quanto a mim quero que meu corpo seja cremado (e já deixei isso por escrito) e minhas cinzas espalhadas em Peirópolis, um sítio arqueológico, localizado às margens da rodovia BR-262, a 25km de Uberaba, debaixo de um flamboyant centenário, conhecedor de boa parte de minha história. De preferência na primavera quando ele está lindamente florido.
Quanto ao espírito, que ele volte para Deus em forma de luz.



 
Foto: Arquivo pessoal - Peirópolis-MG

 
Suzana França
Enviado por Suzana França em 28/10/2016
Reeditado em 28/10/2016
Código do texto: T5805535
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