Deliciosas recordações com cheiro de frescor

Fim de semana com o pai em casa era inesquecível

A festa começava nas noites das sextas-feiras

Todo mundo junto em casa

O pai, a nosso pedido, começava a contar, pela milésima vez,

Seus velhos e surrados contos,

Não que lera algum Machado de Assis,

Mas aprendera muito com a vida

Caíamos às gargalhadas em ouvir aquelas histórias

Achávamos graça daquilo e de qualquer outra simplicidade

A nosso pedido, as histórias se repetiam nos sábados e domingos,

Hoje fico lembrando e me percebo que a graça estava

Não nos contos do meu pai,

Ou nas simplistas brincadeiras

O que nos alegrava era a presença dele

Sua simples presença já era uma festa, pra todos,

Mas, principalmente, para nós.

Marta Almeida: 21/10/2016