NOSSOS DILEMAS

Estou ocupado demais entretido nos meus dilemas. Antes não era assim. Alguma coisa deu errado. Jamais me amofinei por qualquer questiúncula. Conheço-me, meu pavio é longo. Uma vida de moderação e tranquilidade deu-me ferramentas de discernimento que as uso com frequência. Tenho posição clara com relação às pessoas, coisas e fatos. Minha tolerância é enorme, mas não é infinita. Todos nós discutimos política, pois assim devemos proceder. Devemos saber o mínimo sobre política, o que sempre será positivo e assim o é também tomar posições. E, a diferença entre os democratas e os fundamentalistas, é que os primeiros respeitam os opositores, os radicais procuram sempre um meio de destruir seus antagônicos alegando sempre um suposto maior conhecimento.

Eu achei que o termo “capitalismo selvagem” fosse ultrapassado. Não o é. Aparentemente ele está domado, mas não está. Ele, moderno, é cruel. Os capitalistas compram tudo. Compram todos. Nada respeitam. O lucro sempre foi o seu deus. Inocência minha pensar que fosse diferente.

O atual momento político brasileiro está abrindo perigosos precedentes. Tomara que não tenhamos um novo 64. Se tivermos, sempre defenderei o povo. É certo que não toleraremos mais ser uma republiqueta onde os mesmos nababos de sempre impõe sua agenda sem abrir mão das suas absurdas mordomias. Arrocho? De novo?

Neste ritmo a Coréia do Sul tornar-se-á no futuro uma potência militar e econômica enquanto o Brasil, lerdo, ainda estará no caminho do desenvolvimento.

O BRASIL ANDA A PASSOS DE TARTARUGA CARREGANDO NAS COSTAS UMA ELITE CADA VEZ MAIS GANANCIOSA E PROTEGIDA POR POLÍTICOS CADA VEZ MAIS CORRUPTOS.

O Brasil nunca foi arrasado de fora para dentro como a Alemanha, Coréia, Japão, Inglaterra. Todas se ergueram e tornaram-se potências desenvolvidas. Tenho a convicção que o Brasil é sempre desmantelado por ele mesmo. Nunca houve uma guerra civil, não temos tornados, furacões, maremotos, terremotos, entretanto nossa capacidade de autodestruição é algo patológico.

Somos um eterno emergente. Até quando?

Haja tolerância!