Eu, Broto
Olha lá, murchou-se a dona Rosa, sem nem chegar às quarenta pétalas, mas equiparou sua beleza que outrora primavera radiara a beleza e o odor da tão almejada flor, por dona Maria admirada, dia e noite.
Dona Maria não te cuida mais, deixa-te secar, assim como murchou do teu amado, o teu amor. Debaixo, sob teu rio criou-se a “população alada”, disseminando a febre em tua dona desamada, Maria.
Olha lá, caiu a ultima pétala da dona Rosa, sob essa mesa que outrora sustentara os mais belos jarros e arranjos.
É, Maria minha dona, como as mais belas rosas do teu jardim, desejo também secar sob tua mesa, a ser admirada dia e noite, e até que caia minha ultima pétala, que seja eu a fonte de recordação por todo teu amado, mas aqui sou eu, apenas o broto desse galho seco.