REPUBLICADO POR SER BONITO

O QUE EU DIRIA AO PIAUI

O QUE EU DIRIA A PIAUI

Estou com a visão rica do chão de Piauí, principalmente, e entre outras coisas. Mas aquele chão de múltiplas pedrinhas de tons do branco ao ocre, e do ocre aos rosados, amarelados, alaranjados, tons escuros do vinho ao cinza-quase-preto, estão me enchendo de vontade de um telão de um e meio por dois metros, com suporte bem grosso de uns três a cinco centímetros, saltando da parede... Não um só telão, mas muitos, em que nos primeiros quero botar todos estes tons citados e lembrados e cravados no coração, mas quero telões com todas as nuances dos ocres que vi.

E composições dos mesmos tons brincando de luminosidades em formas geométricas contrastantes. Quero mostrar quanto rico é o ocre da Serra da Capivara. Isto precisa ser visto para ser sentido por outros. A sensibilidade é enriquecida assim. Pois as pessoas preocupadas com seus objetivos imediatos vão perdendo a noção do que é sensibilidade, e se não são acordadas de si mesmas vão ficando vazias das riquezas e belezas que nos envolvem, e da beleza que elas mesmas são.

Há tanta harmonia nestes tons e tanta diversidade, que se pode criar contrastes. E também suavidades.

Quando falo que vejo colorido é porque vejo a cor com todas suas tonalidades e daí a sua beleza de olhar. E quando o indivíduo consegue ver colorido, é que está entendendo mais, é que está vendo mais longe, vê mais além. E compreende tudo.

Ou mais.

MLuiza Martins

Publicado em: 06/10/2008 23:15:49