As Mais Estranhas Leis Sexuais Dos EUA - Parte 1

Andava eu por aí, viajando pelo mundo virtual da internet quando me deparei com um artigo com o título: “As mais estúpidas leis sexuais dos Estados Unidos”. Devo dizer que não faço a mínima ideia do que raio estava a pesquisar naquele dia. Devo dizer também que o artigo criou expectativa em mim, eu queria muito saber quais as mais estúpidas leis sexuais dos Estados Unidos. Por isso, li o artigo.

Terminado de ler, reflito sobre o que li, sobre a estupidez interminável do ser humano. É justo dizer que a América é uma potência económica e cultural de extrema importância, mas porra, têm ainda um longo caminho a percorrer.

Sinceramente, nem sequer me dei ao trabalho de confirmar a veracidade de tais leis, talvez pelo medo de descobrir que é tudo mentira, porque de facto isto é bom de mais para ser verdade.

Vou apresentar isto da seguinte forma: primeiro a lei, depois um comentário sobre a mesma. Obviamente que o meu comentário se inclinará para o lado humorístico, pois isto é hilariante! Quer dizer, pelo menos tentarei ter piada. Se não tiver, olha, paciência. Vamos a isto!

1. No estado da Virgínia, é proibido ter relações sexuais de luz acesa.

Pumba! Começamos bem! O clássico dos clássicos! Aliás, eu até cheguei a pensar: “‘Pera aí, será que estamos em 1953?” Mas não, estamos mesmo em 2016…

Agora a sério. Eu penso com muita convicção de que esta lei deveria apenas ser ligeiramente alterada. Para mim, deveria ser proibido ter relações sexuais de luz apagada. Porque faz mais sentido – de luz apagada não se consegue ver nada! Ainda se aleijam…

2. No estado do Arizona, é proibido haver mais de dois dildos por casa.

Quando li esta pensei para mim: “Mas quem é o desgraçado que anda pela casa das pessoas a fiscalizar a quantidade de artigos eróticos?” Aliás, tenho a certeza que para além da pessoa que aprovou esta lei, mais ninguém sabe da existência da mesma.

Mas voltando para a parte da fiscalização; tenho ideias para fazer esta lei funcionar. Na minha opinião, deveria existir uma força policial de investigação perita nestes casos. Fiscalizadores de dildos, ou algo parecido. É vê-los entrar pela casa dentro, revirando prateleiras e gavetas à procura de dildos. Depois, vê-los a aplicar a força da lei sobre aqueles bandidos que possuem um dildo no quarto, outro na sala, outro na casa de banho. Profissão de sonho!

3. No Alaska, os alces estão proibidos de acasalarem em público.

A primeira questão que me vem à cabeça é: quem vai fazer os alces respeitar esta lei? Autoridades do Alaska, primeiro, bom dia. Segundo, o alce é um animal. Eu até compreendo que é chato uma pessoa estar a passear com a família pelas paisagens do Alaska e, de repente, estar ali um casal de jovens alces a levar a cabo atividades profanas, mas acho que proibi-los será em vão.

Querem o quê? Que a fêmea alce diga para o macho alce: “Não querido, aqui não! Estão humanos a olhar para nós! Vamos antes para o mato!”? Não, não é este tipo de diálogo que um casal de alces normalmente tem. Quer dizer, acho eu, não é? Também nunca vi um alce na vida.

Mas de qualquer maneira, boa sorte com isso, autoridades do Alaska…

4. Em Walnut, na Califórnia, nenhum homem se pode vestir de mulher sem a autorização do sheriff.

Bem, primeiro de tudo, nada de carnaval para os homens de Walnut, porque um desfile de carnaval sem gajos vestido de gaja não tem piada. Essa é a primeira. Segundo, é provável que depois da aprovação desta lei, travestis tiveram que procurar um novo lar e os donos de cabarés tiveram que arranjar um novo negócio, talvez um bordel ou qualquer coisa dentro do narcotráfico.

Sinceramente, não sei em que ano foi aprovada esta lei, porque se a mesma já existisse nos anos 80, nenhuma banda de rock se podia apresentar em Walnut (Boy George que o dia), “Karma Chameleon”? Não, nada disso.

Eu acho que isto não é um movimento contra a liberdade sexual. Eu acho que isto foi a maneira do governo local recensear as pessoas ao nível da mariquice, porque que eu saiba, os censos vêm com alíneas questionando a religião, ocupação profissional, constituição familiar, nome, idade, etc. Mas nunca questionam se o indivíduo em questão gosta de se maquilhar, usar roupa extremamente apertada, plumas coloridas, salto alto e atuar às três da manhã num cabaré foleiro cantando desafinadamente o “YMCA” dos Village People perante uma audiência de quatro tarados na plateia. E quem diz Village People, diz Duran Duran (obrigatório), e obviamente, “Karma Chameleon”. Mas o que eu gosto mesmo é do nome de palco adotado por estes artistas. Porque, apesar de estarem vestidos de gaja são, acima de tudo, machos. Por isso, o nome “Perdigão” como nome de travesti, é perfeito.

Mas, numa nota menos estúpida, as pessoas devem se vestir da forma com a qual se gostam de ver e da forma que se sentem mais felizes, mas por favor, tenham bom gosto (e não me façam mal).

(Se gostarem deste texto, prometo uma continuação).

Sérgio Peixoto
Enviado por Sérgio Peixoto em 27/09/2016
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