Escravizada

Quem perdeu um amor facilmente irá entender o que escrevo. E que em meio à saudade,

embala as lembranças mais sutis dos sentimentos

e que por esse motivo vive a sentir aprisionado por medo de enfrentar a cruel realidade da perda irreparável.

É uma escravidão de sentimentos e torturas.

As algemas invisíveis acorrentam tão fortemente que chegam a machucar a pele até sangrar ,causando feridas que inutilmente tenta-se sarar. E as marcas se espalham por todo o corpo que , aos poucos , se torna tão frágil e o semblante amargurado num sorriso que denuncia todo sofrimento que há na alma.

E logo seu rosto é coberto com o véu da solidão e segue nos braços da amargura, ansiando calar a dor em outros braços que encontre pelo caminho. Quando se perde um amor , pouco resta na vida ; a tristeza e a solidão fazem-se companhia e as lágrimas não podem ser evitadas ,os olhos passam a ser fonte de tristezas , fazendo assim jorrarem lágrimas para todos os lados...

O sorriso é invadido pelo silencio que sufoca a alma e cala a voz ,cala o canto que se transforma em pranto, pranto de dor e , no agito da alma ,o que se ouve são soluços e gemidos sufocados e angustiados que ficaram presos na garganta algemada pela tristeza,e solidão . Tudo se transforma em desalento inundando toda a alma e o coração que , já cansado ao pulsar,clama num grito reprimido para aquela dor parar.

Antonia Albuquerque

Antonia Albuquerque
Enviado por Antonia Albuquerque em 04/08/2016
Reeditado em 17/09/2016
Código do texto: T5719162
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