RAPUNZEL
 
Refletindo sobre o conto de fadas de Walt Disney, Rapunzel, fiquei imaginando a quantidade de mulheres, digo mulheres porque o conto se refere a uma princesa, mas muitas  pessoas independente de gênero vivem presas em torres à espera de sua libertação.
Torres impostas pela sociedade; convenções, preconceitos, complexos, medos, crenças, dogmas, traumas guardados as setes chaves, tristezas, frustrações, desejos reprimidos, mágoas, vícios, arrogância, enfim, inúmeros são os motivos que as acorrentam e as fazem prisioneiras como Rapunzel. Tornando-as consequentemente dependentes de sedativos e paliativos acorrentando-as em estado de inércia e depressão.
Seja qual for a causa, as correntes do vitimismo provocam a incapacidade de reação para mudar esta amarga realidade.
Para que aconteça a libertação é necessário que haja, assim como na história, um príncipe vestido de consciência que suba por sua trança a qual reflete a força que habita o interior da prisioneira e a faça lutar bravamente contra a bruxa alimentada pelos sentimentos de inferioridade, incapacidade e insegurança, que limitam o seu potencial de tomar as rédeas de sua própria vida.
Rapunzel não é apenas um conto de fadas e sim a realidade de pessoas que são prisioneiras nas torres  formadas por suas próprias sombras.
 
HILDA STEIN
Enviado por HILDA STEIN em 20/07/2016
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