MUITO ALÉM DE UMA VIAGEM

Uma escolha de roteiro. Uma viagem! Quais países? Quais cidades? E a escolha se define. Iniciam-se as conversas para combinar o que levar. Roupas, sapatos, acessórios. Que mulher dispensa isso tudo? Adequados para o clima, para o tamanho da mala.

Aí, começam as pesquisas na internet para o reconhecimento das cidades visitadas. A troca de informações é fecunda. A animação para a aventura (planejada) que se aproxima toma conta dos pensamentos, das ações e dos papos de quem se propôs a visitar o Velho Continente para conhecer, conhecer, conhecer. São tantas coisas que um conhecer não basta.

O avião decola. Viagem noturna. Tem que dormir. Vira para lá, vira para cá, se ajeita e cochila. Eu e todos os outros.

Finalmente, Paris! Sonho? Não. Realidade. E no aeroporto, um bando de brasileiros desconhecidos que se observam, perguntando-se: ”quem são todos esses?” Cada um dizia para si mesmo: “tomara que sejam legais”.

Legais? Não foram legais, foram sensacionais!

Os passeios se sucediam. E o entrosamento se revelava. As conversas, os conhecimentos, as experiências de vida, as bobagens, piadas, brincadeiras. E a risadas fluíam soltas. Perdidos, achados todos iam e voltavam para seus assentos no ‘busão’ que pacientemente estacionava para que o bando de brasileiros se deleitasse com as belezas culturais que desfilavam antes seus olhos.

A cada dia uma surpresa. Um local. Uma edificação. Vários monumentos. Um recanto. Um palácio. Não, vários palácios. Um museu. Não, vários museus. E a história se exibia para nossa aprendizagem, nosso acompanhamento, deleite, encantamento, surpresa e prazer. História e cultura que não tomam espaço na mente, mas preenchem-na melhor, dando-nos o valor da referência histórica que permeia nossas vidas.

Estes brasileiros, este bando como me refiro aos viajantes animados (inclusive eu) se transformaram em um grupo de amigos interessados em cada um, nas suas dificuldades, facilidades, cansaço, disposição, participação, descobertas das atribulações da viagem, das circunstâncias da vida.

Em paralelo às novidades da viagem, as conexões individuais se formavam. Sentados lado a lado nos percursos daqueles locais desconhecidos e por isso mesmo interessantes, além de deslumbrantes, o bate-papo disparava sobre assuntos diversos, como trabalho, família, outra viagem. E foi assim que adensei meu contato com o Isaac. Também com o grupo de Londrina, com outros de outras cidades. Criei raízes naquele grupo. Criei laços com aquele grupo. Laços que se mantiveram.

Conectados no whatsapp (bendita telecomunicação, às vezes) conversamos, enviamos mensagens, contamos o que fazemos. Acompanhamo-nos na virtualidade, que está valendo a pena para que nos atualizemos sobre as atividades do grupo. Sobre as novidades boas. Sobre as notícias tristes.

Como a daquele ‘cara’ simpático, sorridente, amigo, inteligente, falante, que me apelidou de “singela” de forma brincalhona e carinhosa só porque eu gostaria de viver num palácio, como uma princesa, como uma rainha! Tornou-se folclore entre nós. E continuou no whats, a singela.

E continua Isaac querido, porque quem é iluminado não deixa de iluminar a vida dos amigos. Quem tem luz interior brilha em qualquer lugar, em qualquer momento, com todos com quem convive. Mantenha seu brilho para que possamos encontrá-lo neste caminho que você está seguindo agora.

Tereza Freire
Enviado por Tereza Freire em 26/06/2016
Código do texto: T5679355
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