DIREITOS HUMANOS

O dia era 7 de julho de 1994. O famoso bandido Melara invadiu o hotel Plaza San Rafael em Porto Alegre. Foram cenas cinematográficas e com transmissão direta. Esse bandido com mais dois companheiros haviam feito refém uma jovem psicóloga. Estavam num táxi e invadiram o hotel com carro e tudo. Entregaram-se depois de intensas negociações. Um dos brigadianos retirou o colete e entregou ao bandido para resguardar a sua integridade sob a supervisão de um representante dos Direito Humanos que surgira subitamente, não se sabe de onde. Foi simbólico.

A partir de então, bandidos, assaltantes e outros tipos de meliantes teriam como escudo os representantes dos Direito Humanos. Foi o comportamento adotado para fazer frente à antiga truculência policial e militar do período da Ditadura. Foi um remédio dado em doses cavalares. É assim hoje. A cultura dos Direitos Humanos foi desvirtuada de maneira viciada e intencional. Promoveu bônus políticos para os seus integrantes e produziu ao longo dos anos muitas aberrações, ao ponto de tratar assassinos perigosos como vítimas de um sistema opressor capitalista.

Nas décadas de oitenta e noventa houve sim menores abandonados em número impressionante nas ruas das cidades. Não digo que fosse fruto do capitalismo e sim de planos econômicos equivocados que jogaram na miséria milhares de famílias. Para fazer frente ao caos infantil foi criado o ECA. Mais uma vez o remédio usado em dose alta, aliada a suposta proteção construiu uma cultura desproporcional de guarida a todo o tipo de delinquência infantil e juvenil. Todos passaram a vítimas da sociedade. Meia verdade.

A esquerda tomou para si os Direitos Humanos e o ECA e tratou logo de destruir as suas essências. Deu no que deu. Não raramente o sistema colocou sobre as nossas costas a culpa por todas as mazelas produzidas por políticas públicas mal geridas. Não, eu não fui culpado pelos menores abandonados e nem sou hoje pelo caos social. Sempre paguei os impostos adequadamente para que os gestores usassem de forma correta. Eles são os culpados. Os capitalistas pela concentração de renda e os esquerdistas pela equalização da miséria são os verdadeiros culpados. Para ambos sempre paguei pesados impostos, muitas vezes injustos. Parece e é quase certo, que o desmantelamento da família e o insistente fracasso na educação, têm uma mão poderosa tal qual o “Angkar”, (nome íntimo do Partido Comunista do Cambocha) que destruiu aquele país. Era a política de o Khmer Vermelho eliminar laços familiares e acabar com todo o tipo de cultura além de assassinar sumariamente os professores e aculturados.

É de estarrecer que tais fatos, tristes e lamentáveis, não convençam aqueles que defendem o comunismo. Guardada as devidas proporções, a instalação do caos de modo deliberado faz parte das práticas socialistas. E o que mais entristece é que, alguns amigos intelectuais se bandeiam para esse lado, acreditando no canto da sereia comunista. Contra os fatos não há argumento, e por não tê-los mais, assistimos estupefatos as formas mais bizarras de manifestação da esquerda brasileira: Cuspir e mostrar a bunda!

Voltei no tempo e lembrei que aquele político que protegeu o bandido Melara era do PT. Melara morreu num confronto em 2005, pois jamais deixou de ser bandido. E o PT da minha cidade jamais deixou de proteger bandido.