PRENDE O JAPA!

Impressiona-me a batalha de dedos apontando quem é mais culpado nesta rede de corrupção da “Pátria amada, braziu”. Parece aquelas brigas de infância “ele me xingou primeiro”. Porque o Cunha é aquilo, o Dirceu fez primeiro, O Vaccari pedia tanto, a Odebrecht deu de monte, et coetera, et coetera et coetera...

Lembro-me de conhecida “piadinha” jurídica, onde o Magistrado noviço ao julgar seu primeiro caso ouve o reclamante e terminada a audiência dirige-se ao escrevente: “Ouviu a história? Condenarei o acusado”.

Ao que retruca o escrevente: ”Excelência, desculpe-me, mas escute o acusado antes”.

O reclamado é ouvido e o Magistrado novamente conversa com o escrevente: “Que mentiroso o acusador, condená-lo-ei!”

“Excelência, desculpe-me, mas o senhor já avaliou as provas?”, retrucou o escrevente.

Provas para lá, provas para cá, o Juiz indeciso, após tantas certezas refreadas por alertas do escrevente para não se precipitar, finalmente toma a decisão: “Absolvo as partes e condeno o escrevente”.

Prenderam o Japa!

Diferentemente do escrevente que nada fizera, mas culpado de um crime ocasional, justificadamente condenável, a prisão do Japa servirá uns dias com escudo de defesa e arma de ataque das “vítimas do golpe”.

Inocentes defensores ou cúmplices do “Lullo-petismo” ficarão desviando a atenção dos mais incautos.

Até que entendam que tanto o escrevente quanto o Japa eram meros cumpridores de ordens legais. Nada tendo a ver com os crimes

Enquanto os criminosos, a conhecer-se da história do “braziu varemnóis”, estarão entre acordos e delações, livrando suas caras e, devorando lautas pizzas, rindo do escrevente e do Japa.

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 11/06/2016
Reeditado em 11/06/2016
Código do texto: T5663988
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