Deplorável o momento de decadência em que estamos vivendo.

Aterrorizante a notícia de que uma jovem tem seu corpo e sua memória marcada por um pesadelo promovido por homens sem escrúpulos tomados por bichos da mais baixa espécie.

E se não bastasse tamanha barbaridade, completa o ciclo da indignação os comentários irônicos e críticas em torno da tragédia.

Este dolorido episódio que retrata a agressão sofrida constantemente por mulheres  de todas as idades, até mesmo crianças e que nem sempre é divulgado, demanda reflexão e não teorização dos fatos.
A teoria se limita a compreensão intelectual e a reflexão convida à transformação.

Atrelado ao conceito de consequências, o que pode se esperar de uma sociedade que pouco estimula o altruísmo e valoriza intensamente as coisas materiais e o corpo físico, deixando de lado valores preciosos como a boa conduta e o amor ao próximo?

Qual o tipo de música que está sendo incentivada pela mídia nos últimos anos e consequentemente sendo aceita pela sociedade que permite que seja tocada  e cantada dentro dos lares?

Podemos ilustrar a resposta com o Bonde do Tigrão, chamando as mulheres de cachorras.

Qual o vocabulário usado e aprovado  pela sociedade dentro de suas casas?
Palavras de baixo escalão, o vulgo palavrão, xingamentos, total falta de respeito nos relacionamentos.

O que podemos esperar da conduta das pessoas que habitam um país que incentiva a montagem de um espetáculo denominado “ Macaquinhos”  que tem como objetivo ampliar os conhecimentos do público sobre os novos conceitos da arte, onde os artistas se apresentam de forma deplorável, dispensando aqui maiores detalhes?

Não obstante, na câmara dos deputados palco de discussão sobre o destino do Ministério da Cultura é promovido o tal “ Beijaço” sob aplausos  de incentivo ao protesto.

O estupro assunto em evidência  nas redes sociais, serve de alerta para que toda a sociedade acorde e diga não a degradação dos valores, iniciando a mudança de atitude dentro de suas próprias casas.

É muito fácil, teorizar, acusar classes A e B, mas a responsabilidade é de todos, nós estamos contribuindo por meio da nossa conduta omissa para o estupro diário dos nossos sentidos, a medida que consentimos que músicas de baixo escalão toque no nosso ambiente, que a falta de respeito e inversão de valores entre nas nossas casas, podemos nos considerar parte responsável por tudo de ruim que acontece a nossa volta.

Enquanto estivermos olhando somente para o nosso umbigo, desprezando a ideia do Todo, valorizando demasiadamente as coisas materiais e encarando palavrões, músicas degradantes, inversão de valores e pequenas atitudes incorretas como normal, não sairemos do caos moral em que estamos vivendo.

A transformação está vinculada a atitude e não somente  teoria.
HILDA STEIN
Enviado por HILDA STEIN em 27/05/2016
Reeditado em 27/05/2016
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