Lealdade em tempo de extrema deslealdade. A história do Rei do IPhone

É sabido e notório que o homem, em busca de soluções rápidas, dinheiro fácil e total descaso para com os interesses e ideais dos seus semelhantes muitas vezes é impulsionado a tomar atitudes nada salutares, tornando sua vida um 'inferno'.

Pobre homem! Quem o salvará?

O 'inusitado' ocorre quando alguns seres iluminados, dotados de empatia aos extremos, resolvem fazer a diferença e trilharem caminhos diversos daqueles que seus 'irmãos' perseguem.

Assim, foi veiculada de forma ampla, a história de um leal técnico de conserto de telefones celulares que usou de inteligência e sensibilidade ao fazer a manutenção do IPhone de um cliente, pois simplesmente tirou a poeira existente no equipamento e não cobrou absolutamente nada pelo serviço efetivamente prestado, orientando o cliente a apenas divulgar seus préstimos.

Lembrando que outro técnico havia cobrado 180 reais por idêntico serviço.

Ser justo, leal e desprovido de extrema ambição e superfaturamento, rende retorno imediato, sucesso instantâneo e captação de novos e potenciais clientes.

Vejam a matéria da IstoéDinheiro, veiculada em 17/05/2016 por Eduardo Tomiya, especialista em marketing:

Um consumidor foi à Santa Ifigênia, na região central de São Paulo, tradicional redutor de lojas de eletrônicos, para consertar seu iPhone. No primeiro quiosque, um comerciante queria cobrar R$ 180 só para abrir o aparelho. No segundo, chamado de o Rei do iPhone, o vendedor observou o estado do smartphone e diagnosticou que o mesmo estava com um defeito simples. Bastava uma simples limpeza para ficar “novo”. E ele fez este serviço de graça, pedindo apenas para que cliente “falar bem do serviço”.

O consumidor, que se chama Caio Rossoni, postou a história no Facebook. E o que aconteceu foi surpreendente. O post teve 320 mil curtidas e 71 mil compartilhamentos. A loja do Rei do iPhone, na Santa Ifigênia, virou um sucesso.

O Rei do iPhone, na minha visão, foi o “Rei do Branding”. Ele não se deixou levar pela tentação de, como o colega comerciante, ganhar algum trocado sem trabalho. Certamente, poderia cobrar R$ 100, mas pensou no cliente. Foi orientado e engajado com o cliente.

Fez uma coisa certa ao solicitar que o cliente falasse bem dele. E com isso transformou aquele consumidor num cliente superleal, sem nenhuma “forçação de barra”, como é bastante comum. Leal ao ponto de Rossoni emprestar seu nome ou sua "marca" para endossar e recomendar o Rei do iPhone. Com as redes sociais, o impacto foi gigantesco. Eu mesmo recebi no WhatsApp com um monte de mensagens do link.

Colocar o cliente em primeiro lugar é, sem dúvida, a melhor estratégia para todo o tipo de empresa. Ela vale para o Rei do iPhone ou para uma marca mais valiosa. Saber ter e reter consumidores que chegam ao ponto de expressar sua lealdade com a marca pode ser um grande diferencial competitivo e, certamente, uma grande oportunidade para as marcas. Vale a pena, então, aprender com o “Rei do Branding”.