ENTRE O MAR E O ROCHEDO

Não é de hoje que nossa pátria passa por perrengue.

Talvez seja um ciclo que se encerre, e, foi um longo caminho até aqui.

Tudo começou lá com Getúlio, que, sobpressão, não aguentou todo o rebosteio.

A questão das conquistas trabalhistas seria o curso natural da história, pois a reorganização do país assim exigia, era relevante para o tipo de nação industrializada que ora se almejava. Para isso a reestruturação seria necessária e não encaixava o modelo socialista, que nivela por baixo. Havia sim que tomarem-se medidas extremas, assim as castas exigiam e os maiores “interessados” assim determinavam. Os militares cumpriram a sua parte e duas décadas depois entregaram um novo país nas mãos daqueles que antes foram os algozes da população.

Pelo jeito, não aprenderam.

Nem eles e nem nós, os atingidos.

A mesma casta espoliante e gananciosa, como sempre o é, fez da nação um cadinho de experiências econômicas, na maior parte delas, desastrosas. Mas, nunca, em nenhum momento, tais castas tiveram abstraídas dos seus ganhos. Vide bancos e multinacionais.

E para que se mantivessem intocáveis os maiores exploradores da raça brasileira, os políticos, na esmagadora maioria, protegeram grande capital sob o manto da democracia e do livre mercado...

Estamos sim entre o mar e o rochedo, e, tristemente, não será dessa vez que nos livraremos do grande capital que nos faz suar e esperançar.

Economia e Política são irmãs siamesas.

Nesse pensar é fácil inferir que o comunismo seja o filho rebelde e parasita do capitalismo, pois dele sempre obteve mesada. E mais, ele, o comunismo, não sobrevive pelos seus meios, nunca. A história é a maior testemunha.

Alguns políticos comunistas brasileiros associam justiça social com a ideologia do partido. A confusão é intencional, e, isso que causa espanto, para não dizer estarrecimento! Para algum desavisado é perdoável, mas, para alguém que tem mediano esclarecimento, é má intenção!

Na ponta, temos nós, os cidadãos, que no final das contas é o pagador de todas essas mudanças de rumo.

CABE AO POVO QUE CADA VEZ MAIS SE POLITIZA, EM QUE PESE ÀS DIVERGÊNCIAS DE IDEOLOGIAS, TOMAR AS RÉDEAS DESSA BAGAÇA.

Getúlio talvez estivesse certo.

Brizola talvez estivesse certo.

Os militares, os de antes, talvez estivessem certos.

Nunca saberemos.

E também não sabemos qual o futuro nos aguarda.

Se os homens de bem não tomarem as rédeas, OS MAUS DE SEMPRE DARÃO AS CARTAS.