AMIGOS

AMIGOS

E assim passam os dias, na rotina que persiste ou na sucessão de acontecimentos inesperados, vamos seguindo de encontro marcado com o inevitável que nos aguarda, mas até que ele chegue, vivemos, dia a dia, e dessa caminhada por vezes íngreme por vezes plana, deixamos na estrada os rastros dos passos que demos e continuamos dando, mas, algo bom de tudo que vivenciamos carregamos conosco, um pouco do pó da estrada, um pouco dos tropeços e tombos que tivemos, porém, muito levamos também das amizades que fizemos. Enorme parcela das alegrias que nos preenchem a memória se constituem desses momentos plenos que compartilhamos com eles, os amigos, não há quem não tenha um amigo, mesmo que seja apenas um, mas me orgulho dos meus, são muitos, apesar de pela dinâmica e corre-corre diário acabamos por nos privar do convívio mais rotineiro, de estarmos mais próximos, compartilharmos novamente momentos de descontração que já foram constantes, enfim, são as intempéries da vida que limitam essa convivência frequente e tão salutar, contudo, apenas saber que estão lá, todos, os amigos de sempre, de muitas histórias, de uma vida, já é maravilhoso, que a qualquer momento, mesmo eventuais, nos falamos, trocamos mensagens, um telefonema, ou um esbarrão por uma rua qualquer, são ocasiões que nos preenche de alegria, reaviva e reafirma o quão valioso é termos amigos. Sei que a descontração e o bom papo junto dos amigos em torno de uma mesa de bar, bebendo e petiscando são coisas impagáveis, que é necessário e de enorme valor, entretanto, guardarmos e mantermos na memória os amigos, e deles no coração a sincera amizade, é mais que isso, é precioso, é divino... é imensurável!

P.S: Pelo momento país que requer profunda mudança, esse que vivemos, conturbado e carente de soluções plenas, mas, ao menos paliativas de possível alcance, nos voltamos para a seriedade absoluta que se faz necessária, politica, economia, ética, justiça e por aí vai, investimos muito do tempo em falar daqueles que nem mereceriam espaço ou serem lembrados, porém faz parte e é compreensível que seja assim, e dessa forma a leveza do frescor do bom da vida acaba relegado, contudo, deixo aqui registrado aos amigos esse texto, para os de presença constante, para aqueles ausentes por forças diversas, para os que estão ao alcance da visão e do toque das mãos, como também os próximos apenas pelo toque das teclas, amigos recantistas de mais assiduidade em meu espaço, Celso, Bernard, Cássio e todos os demais que eventualmente por aqui passarem, fica também um abraço e votos de dias mais leves e festivos.