A FORÇA DA PALAVRA

Quem de nós, já não chegou a pensar consigo mesmo: Eu devia ter ficado calado!? Quem de nós ainda não disse palavras que reacenderam sentimentos, que causaram descontentamentos e que incendiaram momentos que pareciam impossíveis de se controlar? Quem nunca jogou palavras ríspidas na cara de outrem no auge da raiva, no calor das emoções? que nunca contou um segredo que lhe foi confiado? Quem de nós, nunca disse o que não devia ou falou sem pensar? Quem nunca pensou alto e depois não soube se explicar?

Sabe porque passamos por momentos assim? Porque não damos o devido valor aos efeitos das nossas palavras. Não paramos para analisar o quanto pode ser devastador o resultado de uma palavra dita da maneira errada, na hora errada. Palavras tanto ensinam quanto maltratam e até matam. Com o aço de um punhal nós ferimos a carne, contundimos o corpo, mas com as palavras, nós ferimos o orgulho, machucamos a alma, matamos sonhos e destruímos a autoestima. A palavra eleva e derruba, elogia e humilha, acusa e defende, prende e liberta, constrói e desconstrói. A palavra é espada de dois gumes capaz de penetrar tão fundo a ponto de dividir alma e espírito (Hb 4:12), e que precisa ser bem manejada, para não ferir de morte quem a empunha e também a inocentes. Tudo que existe, o que contemplamos e o que sentimos se fez através da palavra, (Com exceção de nós seres humanos, que somos obras das mãos do próprio criador) então o que mais podemos dizer?

Precisamos ouvir mais o que nos dizem e ponderar o que vamos falar, pois com uma palavra se inicia uma guerra e é certo que com uma palavra também, se sela a paz, mas até que esta palavra seja proferida, já se causaram muitos danos e tantas vidas se perderam. Portanto se não sabemos o que dizer, que o silêncio seja a nossa melhor resposta.